Petrobras avalia eventual aumento de participação na Braskem
Novonor já recebeu propostas para vender sua fatia de 50,1% do capital votante na empresa petroquímica
A Petrobras solicitou nesta segunda-feira acesso ao data room virtual da Braskem, para eventual exercício de tag along ou de direito de preferência, na hipótese de alienação das ações detidas pela Novonor (ex-Odebrecht) na companhia petroquímica.
A Novonor tem 50,1% do capital votante da Brakem, empresa líder na produção de plástico nas Américas. A Petrobras, por sua vez, conta com 47% das ações com direito a voto na empresa. A estatal tem preferência em uma eventual venda dos papeis da antiga Odebrecht na Braskem.
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Em maio, a Braskem havia recebido oferta de compra do fundo de private equity americano Apollo Global Management e pela Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc), a estatal de petróleo de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. As empresas ofereceram R$ 47 por ação, com parte sendo pago à vista.
Em junho, a Unipar fez uma proposta firme para comprar a totalidade das ações que a Odebrecht tem na Braskem. A Unipar propõe fazer uma oferta pública de ações a acionistas minoritários detentores de ações ordinárias e preferenciais. Haveria também uma oferta para comprar até a totalidade das ADRs (recibos depositários americanos) listadas na Bolsa de Nova York.
A Braskem é líder no mercado de resinas termoplásticas (polietileno, polipropileno e PVC) das Américas, enquanto a Unipar vem na segunda colocação na produção de PVC na América do Sul, sendo a principal produtora de cloro e soda na região.
Apesar do pedido para acessar o data room, a Petrobras disse que não houve qualquer decisão da diretoria executiva ou do seu Conselho de Administração em relação ao processo de desinvestimento ou de aumento de participação na Braskem. Segundo a Petrobras, o acesso ao data room é "uma etapa necessária referente aos direitos de tag along e de preferência previstos no Acordo de Acionistas".
Antes disso, em 2019, a LyondellBasell tentou comprar a Braskem.