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Petrobras avalia explorar gás na Colômbia, diz CEO de estatal colombiana

País descobriu grandes reservas em águas profundas e procura parceiros para produção. Petrolífera brasileira e Shell estão entre as interessadas

CEO da estatal colombiana Ecopetrol, Ricardo RoaCEO da estatal colombiana Ecopetrol, Ricardo Roa - Foto: Reprodução/Twitter

Petrobras e Shell estão entre as grandes petrolíferas internacionais interessadas em expandir projetos promissores de gás natural na costa caribenha da Colômbia, segundo o CEO da estatal colombiana Ecopetrol, Ricardo Roa.

Descobertas recentes em águas profundas revelaram grandes volumes de gás que poderão, no futuro, transformar a Colômbia num exportador do combustível, e as duas empresas estão entre as que manifestaram interesse em ampliar sua participação nesses projetos, disse Roa em entrevista à agência Bloomberg.

"Informamos aos diferentes participantes do mercado sobre a nossa disponibilidade para permitir a entrada de novos players, ou players existentes, nestas áreas de exploração" disse Roa."Temos recebido muito interesse em participar"

A produção inicial de gás das novas descobertas poderá começar já em 2027 e crescer o suficiente para satisfazer a demanda doméstica do combustível e até permitir exportações, disse o executivo. A Ecopetrol busca ajuda de outras empresas para bancar os investimentos necessários.

Procuradas, Petrobras e Shell não responderam imediatamente aos pedidos de informação.

O presidente Gustavo Petro parou de conceder novas licenças de exploração de petróleo e gás para diminuir a dependência da Colômbia de combustíveis fósseis, o que significa que as petrolíferas terão de se concentrar no desenvolvimento das 11 concessões existentes para exploração em alto-mar.

Roa disse que a Ecopetrol tenta também retomar a atividade em concessões onshore (em terra) abandonadas por outras operadoras devido a questões como conflitos com comunidades locais, o que poderia ajudar a reforçar a produção total do país.

A Ecopetrol pretende acelerar sua produção de energia renovável e adicionar 900 megawatts até 2025, além dos 1.300 megawatts que produz atualmente. Uma das opções seria assumir projetos de parques eólicos na Colômbia da italiana Enel e da EDP-Energias de Portugal, que as duas empresas decidiram não levar adiante, disse Roa.

A Enel anunciou em maio que suspendeu a construção de seu projeto eólico Windpeshi, na província de La Guajira devido a conflitos com as comunidades e que tentaria vendê-lo.

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