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Demissão

Petrobras demite responsável pela área de recursos humanos

Motivo da demissão do gerente executivo. Cláudio Costa não foi divulgado, mas empresa diz que não houve justa causa

PetrobrasPetrobras - Foto: Arquivo/Agência Brasil

A duas semanas da mudança em seu comando, a Petrobras decidiu demitir o gerente executivo de Recursos Humanos da estatal, Cláudio Costa. O motivo da demissão não foi divulgado, mas empresa diz que não houve justa causa.

A saída de Costa ocorre cinco dias depois que quatro dos oito diretores da companhia anunciaram que não pretendem permanecer em seus cargos com o general Joaquim Silva e Luna, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para substituir o presidente atual, Roberto Castello Branco.

Costa assumiu o cargo em janeiro de 2019, levado à estatal por Castello Branco. Antes, havia trabalhado na TAM, na Ecorodovias e na Prefeitura de São Paulo, entre 2017 e 2018.

Sua gestão tem sido muito criticada por sindicatos devido a mudanças em políticas de remuneração, plano de saúde e na condução de negociações trabalhistas. Costa foi um dos criadores do novo plano de remuneração variável, que ampliou os ganhos de executivos em cargos de chefia.

Questionada sobre o motivo da demissão, a Petrobras disse apenas que "não houve justa causa" e que Pedro Brancante, chefe do gabinete da presidência da companhia, ocupará a função interinamente até indicação de novo executivo para o cargo.

No dia 12 de abril, os acionistas da Petrobras se reúnem em assembleia para avaliar a indicação de Silva e Luna para o conselho de administração da companhia, que o nomeará à presidência da empresa por indicação de Bolsonaro.

A troca de comando na empresa em meio à críticas sobre a escalada dos preços dos combustíveis, o que gerou no mercado temores sobre intervenção do governo nas políticas comerciais da companhia e culminou com a perda de R$ 102,5 bilhões em valor de mercado em apenas dois dias.
A maneira como o processo foi conduzido por Bolsonaro gerou uma debandada no conselho de administração da empresa e é alvo de quatro investigações na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que regula as empresas com ações em bolsa.
Duas investigações avaliam se foram cumpridos os procedimentos legais para a divulgação de fatos relevantes por companhias abertas, já que o anúncio foi feito por Bolsonaro em uma rede social um dia depois de sinalizações que o presidente mexeria no comando da empresa.
A terceira avalia se o currículo de Silva e Luna atende requisitos legais para comandar a companhia -seu nome foi aprovado com algumas ressalvas pelo comitê interno responsável pelo assunto em reunião que teve tentativa de veto por parte de um conselheiro.
A quarta investiga suposto uso de informações privilegiadas em operações com opções de venda de ações da estatal realizadas logo após reunião ministerial que selou o destino de Castello Branco.

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