Logo Folha de Pernambuco

Combustíveis

Petrobras eleva diesel em 3,7% e gasolina em 1,9%

Segundo a estatal, o preço médio do diesel em suas refinarias sobe para R$ 2,76 por litro, e o da gasolina vai para R$ 2,64

Refinaria da PetrobrasRefinaria da Petrobras - Foto: André Mota de Souza/Agência Petrobras

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (15) reajustes de 3,7% no preço do diesel e 1,9% no preço da gasolina, com vigência a partir desta sexta (16). As altas interrompem movimento de corte de preços iniciado no fim de março, após a escalada do início do ano.

Segundo a estatal, o preço médio do diesel em suas refinarias sobe para R$ 2,76 por litro, R$ 0,10 acima do praticado até está quinta. A alta da gasolina será de R$ 0,05, para R$ 2,64 por litro.

Em nota, a empresa reforça que "o alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis".

Antes do reajuste anunciado nesta quinta, a Petrobras havia feito dois cortes no preço do diesel, acompanhando a queda das cotações internacionais do petróleo. O preço da gasolina havia caído uma vez.

A escalada do preço do diesel é motivo de preocupação no governo, que editou na terça (13) resolução reduzindo 13% para 10% o teor de mistura obrigatória do biodiesel no óleo diesel fóssil. Mais caro do que o diesel de petróleo, o biocombustível vem sendo pressionado pela desvalorização cambial e demanda pela soja.

Na semana passada, diante dos altos valores oferecidos pelos produtores, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) suspendeu um leilão de biodiesel com a regras de mistura de 13%. A redução para 10% fará com que as indústrias fiquem com estoques elevados até o próximo leilão.

A Fecombustíveis (Federação do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes) disse na ocasião que, mantidas as condições de preço do leilão, o biocombustível passaria a contribuir com R$ 0,67 por litro para o preço de bomba.

Desde 1º de março está em vigor ainda a isenção de impostos federais que incidem sobre o preço do diesel, outra medida do presidente Jair Bolsonaro para tentar conter a alta e os ânimos dos caminhoneiros. A medida vale por dois meses.

A alta dos combustíveis foi fator determinante para que a inflação oficial tenha atingido março o maior patamar desde 2015, 0,93%. Em 12 meses, a inflação chegou a 6,10%, valor superior ao teto da meta para 2021, de 5,25%.

Críticas à escalada de preços levaram Bolsonaro a demitir o ex-presidente da estatal, Roberto Castello Branco, que foi destituído nesta segunda (12). Em assembleia, acionistas da empresa elegeram seu substituto, o general Joaquim Silva e Luna, para uma vaga no conselho de administração.

Nesta sexta (16), o conselho se reúne para nomear Silva e Luna para a presidência da companhia. Ele ainda não se posicionou sobre mudanças na política de preços dos combustíveis.

Nos comunicados sobre reajustes, a Petrobras defende que o "equilíbrio competitivo" gerado pela política de paridade internacional "é responsável pelas reduções de preços quando a oferta cresce no mercado internacional, como ocorrido ao longo de 2020".

Veja também

Um dos maiores navios de cruzeiro do mundo chega ao Porto do Recife no próximo domingo
Porto do Recife

Um dos maiores navios de cruzeiro do mundo chega ao Porto do Recife no próximo domingo

Google lança IA concorrente do ChatGPT no iPhone; veja como funciona
TECNOLOGIA

Google lança IA concorrente do ChatGPT no iPhone; veja como funciona

Newsletter