Petrobras fecha acordo bilionário com chineses para financiar plano de negócios
Estatal assinou memorando de entedimentos com China Development Bank e Bank of China
Em meio ao desenvolvimento de seu novo plano de negócios para os anos de 2024 a 2028, a Petrobras assinou com o China Development Bank (CDB) e o Bank of China memorandos de entendimento para avaliar oportunidades de investimentos e cooperação em iniciativas de baixo carbono.
O objetivo dos acordos é que os chineses abram linhas de financiamento para a cadeia de fornecedores nacionais. Segundo fontes, o acordo seria superior a US$ 1 bilhão e envolve a troca por barris de petróleo nos próximos anos, uma prática já feita nos anos anteriores, segundo fontes da empresa.
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Em comunicado, a estatal disse que o objetivo é "incrementar as trocas comerciais e financeiras entre a Petrobras e empresas chinesas", mas não cita valores nem dá detalhes do acordo. Segundo a estatal, Jean Paul Prates está na China onde assinou os acordo na última sexta-feira e segunda-feira.
Os acordos ainda passarão por análises técnicas e têm prazo de cinco anos e envolvem as diversas áreas da empresa nos segmentos de exploração e produção, refino e processamento e transição energética. Em nota, Prates disse que "as duas iniciativas são extremamente importantes para fortalecer a parceria com China Development Bank e com o Bank of China".
Prates lembrou ainda que a China será um parceiro "decisivo na estratégia da Petrobras para retomar presença global". "Enxergamos o mercado chinês como prioritário nesse processo", afirmou. Os chineses já são um parceiro importante da estatal. A Cnooc tem participação de 7,34% no campo de Búzios e de 9,65% no campo de Mero, ambos no pré-sal da Bacia de Santos.
Em gestões anteriores, a Petrobras chegou a assinar um memorando de entendimentos com a também chinesa CNPC para finalizar as obras do antigo COmperj, hoje chamado de Galub, mas as empresas não chegaram a um acordo.
A Petrobras deve anunciar seu novo plano de negócios entre novembro e dezembro deste ano. A estimativa é direcionar para projetos de energia renovável e de soluções de baixo carbono até 15% do valor total previsto de investimento do plano para os próximos cinco anos. O número é maior que os 6% do plano atual, que compreende os anos de 2023 a 2027 e prevê investimentos totais de US$ 78 bilhões.