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COMBUSTÍVEIS

Petrobras pode reduzir valor da gasolina e já segue "preço de mercado brasileiro", diz Prates

Em evento no Rio, presidente da estatal afirma que não aceita dogma: "paridade de importação não é o preço que a Petrobras deve praticar. Ponto"

Petrobras pode reduzir valor da gasolina e já segue 'preço de mercado brasileiro', diz PratesPetrobras pode reduzir valor da gasolina e já segue 'preço de mercado brasileiro', diz Prates - Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco

Um dia após reduzir o preço do diesel, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a estatal pode baixar o preço da gasolina. Isso porque, segundo ele, a empresa já está praticando o “preço de mercado brasileiro”.

Estamos flutuando de acordo com a referência internacional e com o mercado brasileiro. Essa é a nossa política agora. É mercado nacional que é composto de produto aqui e produto importado. É preço de mercado brasileiro. Sempre que a gente puder ter o preço mais barato para vender para o nosso cliente, o nosso consumidor brasileiro a gente vai fazer isso, disse ele.

Sobre se a queda no preço da gasolina seria esse mês ainda, ele afirmou:

Vamos ver. Temos uma equipe que trabalha nisso. Então, não posso anunciar, senão já estaria anunciando agora uma redução.

'Temos que acabar com o dogma', diz Prates
Perguntado sobre se a estatal não estaria mais seguindo o PPI (política de preços que segue a cotação internacional do petróleo e do dólar), Prates afirmou que “não tem nada escrito” sobre seguir essa política.

Não aceito dogma do PPI. Aceito a referência internacional. Trabalhamos com a referência internacional e com preços de mercado de acordo com nossos clientes. Cliente bom você dá desconto. Cliente que paga bem, você dá desconto. É uma política de empresa. Temos que acabar com o dogma. Se o concorrente é importador, ele pratica preço de importador. Eu pratico preço de quem faz diesel e gasolina aqui.

Segundo ele, o preço melhor para a empresa é o preço próximo da referência internacional.

Isso não quer dizer que eu tenha que andar exatamente em cima da linha do preço do importador. É bem diferente. E não quer dizer que eu vá me afastar e me isolar e virar uma bolha no mundo. Temos que seguir a referência internacional. Se lá fora o preço do petróleo diminuiu e reduziu em insumos para refinarias, eu tenho que corresponder para o consumidor final. Mas eu não preciso estar necessariamente amarrado ao preço do importador, que é meu principal concorrente. Paridade de importacão não é o preço que a Petrobras deve praticar. Ponto, afirmou ele.

'O que não está assinado será revisto'
Sobre a venda de ativos, cujos processos foram suspensos por 90 dias a pedido do Ministério de Minas e Energia (MME) desde o início de março, Prates disse ainda que “o que está assinado vai ser cumprido e o que não está assinado será revisto”.

Ele citou ainda que a refinaria Lubnor está com problemas de transferência de ativos pois tem um terreno que não pertence a Petrobras:

Terá que ser revisto.

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