Petrobras reduz preço de combustível de aviação em 5,7%
Estatal havia anunciado alta de 1,78% nesta segunda e despertado crítica de linhas aéreas, mas corrigiu informação
A Petrobras divulgou nesta segunda-feira nova queda de preço do querosene de aviação (QAV) para abril, de em média 5,7%, na comparação com o mês anterior. Mais cedo nesta segunda-feira, a estatal havia divulgado uma alta de 1,78% e foi alvo de críticas das linhas aéreas. No início da tarde, a companhia corrigiu a informação.
Com os novos dados, é a segunda queda consecutiva no preço do combustível, usado em aeronaves da aviação civil regular. Em março, a redução foi de 13,8% no preço do QAV praticado pela estatal, indicador comemorado pelas companhias aéreas locais.
Os patamares de preço do insumo, de acordo com a Abear, fazem com que o Brasil pratique um dos maiores preços do mundo para a commodity, o que pressiona as pequenas margens do segmento. O insumo rerpesenta cerca de 40% dos custos de uma empresa aérea no país atualmente.
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Mesmo com a queda, a alta de preços do combustível chega a 153% desde abril de 2020, no início da pandemia, até agora. “A redução anunciada hoje é positiva, mas o preço do QAV permanece sendo um dos maiores desafios para a aviação comercial brasileira, que é muito impactada pelo atual cenário de intensa volatilidade das cotações do dólar e do combustível. A isso soma-se a perda do poder de consumo da população nos últimos anos”, disse em nota o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.
De acordo com as companhias aéreas, o combustível alto, associado ao real desvalorizado, ajudam a explicar os preços altos das passagens aéreas. De acordo com dados da Anac, a tarifa doméstica média de janeiro a dezembro de 2022 foi de R$ 635,76, um aumento de 21,65% em relação aos valores de 2021.
Mesmo com as passagens e alta, as empresas têm tido demanda crescente por voos e, na aviação doméstica, já operam em níveis similares ou superiores aos registrados antes da pandemia.
O Globo procurou a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) sobre o tema e aguarda resposta.
Nota da redação — Por um erro da Petrobras, a reportagem informou, inicialmente, que os preços sofreriam um reajuse de 1,78% em média, mas a companhia corrigiu os dados divulgados e os novos preços representam, na verdade, queda de 5,7% em relação aos praticados em março. O texto foi corrigido.