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Petrobras sobe preço da gasolina e do diesel, após mais de 45 dias sem reajustes

Alta será de 7,46%, metade da defasagem em relação ao valor praticado no mercado internacional. Em dezembro, combustível havia sido reduzido

PetrobrasPetrobras - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Depois de mais de 45 dias sem alterar os preços, a Petrobras anunciou alta no valor da gasolina e diesel. A partir desta terça-feira (24), o preço médio de venda de gasolina vendida pela Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, um aumento de R$ 0,23 por litro ou 7,46%. O preço do diesel não sofreu alteração.

A defasagem da gasolina em relação ao preço internacional estava em 14% ontem, segundo dados da Abicom, associação que reúne as importadoras.

Esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio, explicou a empresa em nota.

A defasagem do diesel está num patamar menor. Na segunda-feira (24), a disparidade em relação aos valores praticados no exterior estava em 7%, de acordo com a Abicom.

O último reajuste feito pela Petrobras ocorreu em 7 de dezembro. Naquele dia, porém, os preços foram reduzidos. A gasolina vendida nas refinarias saiu de R$ 3,28 para R$ 3,08 por litro, e o diesel passou de R$ 4,89 para R$ 4,49.

Desde o dia 17 de janeiro, o preço do barril do tipo Brent - referência no mercado internacional - vem subindo. Na manhã desta terça-feira, a cotação está em US$ 88,44, alta de 0,28%.

Conselho deve aprovar Prates para presidência
A política de preços dos combustíveis da Petrobras poderá ser reavaliada na nova gestão de Jean Paul Prates, senador indicado por Lula para assumir a presidência da estatal. O Conselho de Administração da companhia se reunirá na quinta-feira (26) para tratar da indicação.

Prates deve assumir a empresa como interino no lugar de João Henrique Rittershaussen, que é diretor executivo de Desenvolvimento da Produção da estatal e assumiu a companhia após a renúncia de Caio Paes de Andrade.

Na Petrobras, para assumir a presidência da empresa e liderar a diretoria, o indicado precisa ser aprovado pelo Conselho e pela Assembleia Geral Extraordinária, quando os acionistas brasileiros e estrangeiros votam.

A assembleia ainda não foi marcada. Somente nesse encontro o nome de Prates poderá ser aprovado em definitivo como membro do Conselho e presidente da empresa.

Integrantes do governo e da Petrobras acreditam que não há impedimentos ao nome dele pelas regras da Lei das Estatais. O senador já decidiu que os diretores serão funcionários de carreira da petroleira, segundo fontes.

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