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LUCRATIVIDADE

Petrobras tem lucro três vezes maior que seus concorrentes, diz Pacheco, que cobra 'função social'

Presidente do Senado afirmou que lucro da empresa não pode acontecer 'sob o sacrifício da população'

Presidente do Senado, Rodrigo PachecoPresidente do Senado, Rodrigo Pacheco - Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou os lucros da Petrobras em meio à de preços dos combustíveis. Em entrevista coletiva após um evento em Minas Gerais, o senador afirmou que, embora seja bom que a estatal tenha uma lucratividade alta, “isso não pode acontecer sob o sacrifício da população” e defendeu “função social” da empresa. 

"Há diversas discussões que estão sendo feitas em torno disso, inclusive, especialmente, a participação da Petrobras neste problema. A Petrobras tem hoje uma lucratividade na ordem de três vezes mais do que os seus concorrentes, dividendos bilionários. Óbvio que é muito bom que isso aconteça, mas isso não pode acontecer sob o sacrifício da população brasileira que abastece os seus veículos ou que precisa do transporte coletivo", respondeu Pacheco ao ser questionado sobre as medidas que estavam sendo feitas para atenuar o aumento do preço dos combustíveis. 

O senador também afirmou: "Portanto, nós vamos buscar exigir da Petrobras a sua participação enquanto uma empresa que tem participação da União e que tem uma função social". 

Na semana passada, a Petrobras reajustou em 18,77% o preço da gasolina, 24,9% o diesel, e 16,06% o gás de cozinha. O anúncio veio depois de membros do Conselho de Administração da estatal questionarem a diretoria da empresa por que os valores seguiam os mesmos de quase dois meses atrás, apesar da disparada do valor do petróleo no mercado internacional causada pela guerra na Ucrânia. 

No mesmo dia que a Petrobras anunciou o reajuste, o Senado aprovou dois projetos que tramitavam na Casa e visavam a redução do preço dos combustíveis. Uma das propostas, que foi aprovada em seguida na Câmara, prevê mudanças na cobrança do ICMS. Já a outra, que pretende criar uma conta de estabilização e um subsídio temporário para gasolina, ainda não tem previsão para ser votada na Câmara.

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