Petróleo cai no contexto de esforços diplomáticos no Oriente Médio
Barril Brent do Mar do Norte, caiu 1,36%, para 89,65 dólares
Os preços do petróleo perderam terreno nesta segunda-feira (16), enquanto o mercado acompanha de perto diversas iniciativas diplomáticas para evitar uma escalada da guerra entre Israel e Hamas, assim como uma possível flexibilização das avaliações à Venezuela.
O preço do barril Brent do Mar do Norte, de referência na Europa e para entrega em dezembro, caiu 1,36%, para 89,65 dólares em Londres.
Já o West Texas Intermediate (WTI), negociado no mercado americano e para entrega em novembro, recuperou 1,17%, para 86,66 dólares.
Para Daniel Ghali, da TD Securities, esta queda deve, por um lado, à multiplicação de esforços diplomáticos para impedir que uma guerra entre Israel e Hamas se estenda e envolva outros países da região.
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O secretário do Estado americano, Antony Blinken, responderá novamente nesta segunda para Israel, onde esteve na última quarta, e se reunirá com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Segundo informações que circularam na imprensa, o presidente Joe Biden também tem planos de visitar Israel.
“Enquanto o conflito estiver contido, não haverá impacto na produção de petróleo ou sobre o comércio”, sustentou Ghali.
Apesar desta situação, o mercado continua preocupado com o eventual suporte das avaliações contra o Irã, um grande produtor de petróleo, e, inclusive, com a possibilidade de participação direta da República Islâmica no conflito.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, anunciou hoje na rede social X (antigo Twitter) que "o tempo está se esgotando para encontrar soluções políticas. A probabilidade de propagação para outras frentes está se aproximando de um estágio gradual".
Além das iniciativas para o Oriente Médio, as operadoras do mercado estão acompanhando de perto o noticiário sobre um acordo entre o governo Biden e o presidente venezuelano Nicolás Maduro, assinalou Ghalli.
Esse acordo poderia aliviar as sanções sobre a indústria petrolífera venezuelana, em troca de eleições presidenciais sob revisão internacional no ano que vem.
As sanções atuais, impostas pelos Estados Unidos à Venezuela em 2017, buscaram responder às medidas do governo Maduro contra a oposição política venezuelana.
Na época, o volume de exportações de petróleo venezuelano caiu quase quatro vezes. Em 2016, a cifra era de quase dois milhões de diários de bairro.