Petróleo em seu menor preço em quase dois meses, afetado por China e Oriente Médio
Redução nos preços foi apenas ligeiramente contida por novas tensões no Oriente Médio, após um ataque do Hezbollah no último sábado (27)
Os preços do petróleo caíram nesta terça-feira (30), atingindo o nível mais baixo em sete semanas, ainda impactados por perspectivas sombrias de demanda na China, apesar das tensões militares entre Israel e o grupo islamista libanês Hezbollah.
O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em setembro caiu 1,44% aos 78,63 dólares. Por sua vez, em Nova York, o West Texas Intermediate (WTI) para o mesmo mês caiu 1,42%, cotando a 74,73 dólares.
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"Preocupações com a demanda compensam o risco de queda na oferta devido às tensões no Oriente Médio", resumiu o analista John Plassard, da firma Mirabaud.
Segundo Plassard, os números decepcionantes do crescimento econômico da China e a contração na atividade manufatureira indicam uma "fraca demanda por combustível do maior consumidor mundial", após uma queda significativa de suas importações de combustível no primeiro semestre.
A redução nos preços foi apenas ligeiramente contida por novas tensões no Oriente Médio, após um ataque do Hezbollah no sábado que resultou na morte de 12 jovens colonos em Majdal Shams, uma cidade drusa nas Colinas de Golã, território sírio ocupado por Israel.
De acordo com Israel, este ataque com foguetes foi lançado do Líbano pelo Hezbollah, apoiado pelo Irã, embora o movimento xiita tenha negado responsabilidade.
O Exército israelense informou nesta terça-feira que havia atacado cerca de dez alvos do Hezbollah no sul do Líbano e matado um de seus comandantes.