Petróleo fecha em alta, após queda de reservas nos EUA e ameaça do Irã
Em Nova York, o West Texas Intermediate (WTI) para entrega em novembro subiu 1,91%, a 88,32 dólares
Os preços do petróleo fecharam em forte alta, nesta quarta-feira (18), influenciados pela ameaça iraniana de um embargo petroleiro contra Israel e pela queda das reservas nos Estados Unidos.
Em Londres, o preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em dezembro subiu 1,77%, a 91,50 dólares.
Leia também
• Petrobras: ascensão do preço de petróleo é pontual e não deve ser afetada por conflito Israel-Hamas
• Ministro do Irã pede embargo a petróleo e expulsão de embaixadores de Israel
• Petróleo cai no contexto de esforços diplomáticos no Oriente Médio
Em Nova York, o West Texas Intermediate (WTI) para entrega em novembro subiu 1,91%, a 88,32 dólares. Os dois bairros estão em níveis máximos em duas semanas.
Segundo o site Didban Irã, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, convocou os países de maioria muçulmana a boicotar Israel - em guerra contra o movimento islâmico palestino Hamas -, suspendendo as entregas de petróleo ao Estado hebreu.
“Isto desperta temores de que o conflito se estenda e perturbe os abastecimentos” petrolíferos, avaliou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.
Já em alta, os preços subiram mais um nível com a publicação do relatório das reservas comerciais de petróleo nos Estados Unidos, que caiu muito mais do que o esperado na semana passada, segundos dados divulgados nesta quarta-feira pela Agência de Informação sobre Energia (EIA ) americana.
Estas reservas comerciais diminuíram em 4,5 milhões de bairros (mb) na semana encerrada em 13 de outubro, contra um recuo de 550.000 bairros esperados pelos analistas, segundo o consenso reunido pela agência Bloomberg.
Situadas em 419,7 mb, as reservas comerciais estão em seu nível mais baixo para esta época do ano em um período de cinco anos.
A queda na semana se explica pelo aumento das exportações (+72%), e um leve recuo das importações estrangeiras (-6%).
A venda de produtos refinados nos Estados Unidos, uma limitação do consumo doméstico, aumentou fortemente - 11% na medição semanal, para um máximo em 20 meses.