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Petróleo fecha em leve alta, com avaliações sobre impactos de queda do regime sírio para região

Efeitos da queda do regime sírio de Bashar Al-Assad para o mercado ainda sendo avaliados

Mercado petrolífero é, de fato, mais resiliente em termos de oferta hoje do que tem sido há anosMercado petrolífero é, de fato, mais resiliente em termos de oferta hoje do que tem sido há anos - Foto: Pixabay/Reprodução

Os contratos futuros de petróleo fecharam em leve alta nesta terça-feira, 10, com os efeitos da queda do regime sírio de Bashar Al-Assad para o mercado ainda sendo avaliados. No geral, há um consenso de que o país não é um protagonista na produção, no entanto, o potencial impacto para a região é observado, com a possibilidade de acrescentar algum prêmio de risco aos preços.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 0,32% (US$ 0,22), a US$ 68,59 o barril, enquanto o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 0,07% (US$ 0,05), a US$ 72,19 o barril.

Aviões de guerra de Israel bombardearam a Síria, enquanto as tropas israelenses avançam mais no país, chegando a 25 quilômetros de Damasco, informou um monitor de guerra da oposição síria nesta terça-feira. Israel, no entanto, nega que suas forças estejam avançando para a capital síria.

"A Síria não é um produtor significativo de petróleo, mas devido à sua localização geográfica é de grande importância para a estabilidade da região. Justifica-se, portanto, um prêmio de risco mais elevado sobre o preço do petróleo", avalia o Commerzbank.

Por sua vez, o Julius Baer lembra que a geopolítica tem sido uma força influente no mercado petrolífero desde o final de 2023, com os conflitos em torno de Israel alimentando receios sobre uma escalada e potenciais interrupções no fornecimento. No entanto, nesta altura, o mercado também começou a refletir a sua resiliência da oferta.

Dado o armazenamento de petróleo bem abastecido, especialmente na China, a vasta capacidade de produção ociosa das nações petrolíferas e as exportações crescentes de fora do Oriente Médio, o mercado petrolífero é, de fato, mais resiliente em termos de oferta hoje do que tem sido há anos, avalia o banco suíço. "Como consequência, a sensibilidade do mercado petrolífero ao fluxo de notícias provenientes do Oriente Médio parece ter diminuído ao longo deste ano", pondera.

"Além da política, o cenário fundamental permanece praticamente inalterado, caminhando para um excedente. A oferta de petróleo está aumentando progressivamente nas Américas e os petroestados deverão aumentar marginalmente a produção. Vemos o petróleo sendo negociado em direção a US$ 65 e mantemos a nossa visão neutra", conclui.

O Departamento de Energia (DoE, em inglês) dos EUA reduziu a previsão do preço médio do barril de petróleo Brent no primeiro trimestre de 2025 para US$ 74 o barril. Para o ano completo, o departamento americano vê estabilização dos preços próxima deste nível, com o Brent encerrando o próximo ano cotado a US$ 73,58 o barril.

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