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MERCADO

Petróleo fecha em queda com investidores analisando dados dos EUA e Oriente Médio

Na Nymex, o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 0,81% (US$ 0,58), a US$ 70,19 o barril

Produção de petróleoProdução de petróleo - Foto: Bruno Domingos/Direitos Reservados

O petróleo fechou novamente em queda nesta quinta-feira, 24, enquanto investidores seguem se equilibrando entre os riscos de uma escalada dos conflitos no Oriente Médio e temores de uma queda na demanda global pela commodity.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 0,81% (US$ 0,58), a US$ 70,19 o barril, enquanto o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 0,77% (US$ 0,58), a US$ 74,38 o barril.

Após recuar na sessão da quarta-feira, por conta de estoques acima das expectativas nos EUA, o petróleo operou em alta nos primeiros negócios do dia. Mas inverteu o sinal enquanto investidores digeriam rodada de dados de emprego, atividade, moradias, indústria e serviços dos EUA.

Investidores monitoraram ainda, durante o dia, tensões no Oriente Médio e falas de dirigentes de BCs - com posturas divergentes entre destacar preocupações com crescimento econômico e enfatizar necessidade de juros restritivos para controlar inflação.

Analistas do Julius Baer apontam que, apesar das incertezas, os preços do petróleo têm oscilado de forma contida nos últimos dias.

Segundo eles, o nervosismo do mercado relativamente a um confronto direto entre Israel e o Irã é palpável, mas as perspectivas de longo prazo suavizaram. Israel teria adiado um ataque que faria contra o Irã após os planos terem vazado na imprensa, de acordo com o britânico The Times.

"O mercado parece caminhar para um excedente mais pronunciado, com a diminuição das incertezas geopolíticas atuais resultando em uma descida dos preços da commodity, como é habitual. Reduzimos as nossas previsões e prevemos que o petróleo seja negociado em torno de US$ 65 no final do próximo ano. No curto prazo, porém, o petróleo continua sujeito à geopolítica e a picos temporários de preços", dizem os analistas.

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