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MERCADO

Petróleo fecha em queda de quase 3%, com alta do dólar e decepção por estímulos da China

Na Nymex, o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 2,73%

Produção de petróleoProdução de petróleo - Foto: Divulgação/Petrobras

O petróleo fechou em queda nesta sexta-feira, 8, pressionado sobretudo pela alta do dólar em meio a sinais de uma gestão protecionista do presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Investidores também temem uma deterioração do cenário de demanda, sobretudo após a China deixar a desejar com as novas medidas de estímulos fiscais.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 2,73% (US$ 1,98), a US$ 70,38 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve perdas de 2,32% (US$ 1,76), a US$ 73,87 o barril. Na semana, contudo, o WTI teve alta de 1,2% e o Brent avançou 1,05%

A queda do petróleo é acentuada à medida que riscos de que o furacão Rafael afete a produção de petróleo e gás dos EUA diminuíram e investidores seguem ponderando como futuras políticas de Trump poderão afetar a oferta da commodity.

Trump planeja aumentar drasticamente as sanções contra o Irã e restringir suas vendas de petróleo como parte de uma estratégia agressiva para reduzir o apoio de Teerã a agentes do Oriente Médio e seu programa nuclear, de acordo com a Dow Jones Newswire.

À tarde, o Financial Times revelou que Trump convidou o ex-representante comercial Robert Lighthizer para voltar ao cargo. Lighthizer é conhecido por defender políticas protecionistas e uma posição dura contra a China. A notícia acelerou os ganhos do dólar, o que ajudou a pressionar o petróleo.

"As preocupações do lado da demanda sobre a desaceleração do consumo global sugerem uma perspectiva de baixa no curto e médio prazo para o petróleo bruto", diz Joseph Dahrieh, da Tickmill, em uma nota.

Segundo a Commerzbank, há risco de um excesso de oferta significativo da commodity no próximo ano, principalmente se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) manter o plano de aumento de produção no início de 2025. "Até lá, acreditamos que o preço do petróleo tem pouco espaço para se recuperar", declara o banco.
 

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