Petróleo fecha estável com mercado mantendo prudência
Um dos fatores que influenciaram o desempenho da commodity foi a redução de reservas nos Estados Unidos.
Os preços internacionais do petróleo fecharam nesta quinta-feira (18) praticamente no equilíbrio, com um mercado prudente diante das intenções da Opep, da saúde da demanda e de uma economia americana em desaceleração.
Em Londres, o barril Brent do Mar do Norte para entrega em setembro avançou 0,03%, para 85,11 dólares. Em Nova York, o West Texas Intermediate (WTI) com vencimento em agosto caiu 0,04%, para 82,82 dólares. Durante toda a sessão, as cotações se mantiveram em equilíbrio.
Um dos fatores que influenciaram o desempenho da commodity foi a redução de reservas nos Estados Unidos, que estão em seu nível mais baixo em cinco anos, segundo reportou ontem a Agência de Informação sobre Energia (EIA, na sigla em inglês) do país.
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Mas esse número foi contrabalanceado pelo retrocesso nos volumes de combustível liberados no mercado americano na semana passada, com queda de 6,5% em uma semana.
Nesta quinta, o petróleo também recebeu um impulso com o aumento maior que o esperado de novos pedidos semanais de auxílio desemprego nos Estados Unidos. O número de desempregados não chegava a esse nível desde novembro de 2021.
O dado faz com que "se preste atenção nos sinais de uma piora mais acentuada no mercado de trabalho, o que pode trazer consequências para a política monetária", comentou em nota Rubeela Farooqi, da consultoria High Frequency Economics.
Do ponto de vista dos investidores, a piora no mercado de trabalho aumenta as probabilidades de cortes futuros nas taxas de juros do Fed, o banco central americano, o que provavelmente fortaleceria a demanda por petróleo.
Para o analista Bill O'Grady, de Confluence Investment, a evolução recente das cotações, que têm oscilado dentro de uma margem pequena há várias semanas, se deve à falta de clareza a respeito da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
O cartel e seus aliados planejam reverter gradualmente, a partir de outubro, os 2,2 milhões de barris diários que alguns membros do bloco cortaram unilateralmente. Não se espera nenhuma mudança durante a reunião do grupo em 1º de agosto, segundo fontes anônimas citadas pela Bloomberg.