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Petróleo

Petróleo sobe impulsionado por reservas nos EUA e ataques a refinarias russas

O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em maio subiu 2,57%

Campo petrolíferoCampo petrolífero - Foto: drpepperscott230/Pixabay

Os preços do petróleo fecharam em forte alta nesta quarta-feira (13), impulsionados por ataques a refinarias russas e por uma queda maior do que a esperada nas reservas de petróleo e gasolina dos Estados Unidos na semana passada.

O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em maio subiu 2,57%, para 84,03 dólares.

Enquanto isso, o West Texas Intermediate (WTI) para abril ganhou 2,78%, para 79,72 dólares.

"Houve dois fatores que impulsionaram os preços. Obviamente, o relatório sobre a queda nas reservas dos EUA marcou a tendência de alta do mercado", explicou John Kilduff, da Again Capital.

"É a segunda semana consecutiva de uma demanda muito forte por gasolina nos Estados Unidos, o que não é característico para este período do ano", acrescentou.

As reservas comerciais de petróleo nos Estados Unidos caíram pela primeira vez em um mês e meio na semana passada, uma surpresa para os analistas, segundo dados da Agência de Informação de Energia dos EUA (EIA).

De acordo com o relatório divulgado nesta quarta-feira, esses estoques caíram 1,5 milhão de barris (mb) na semana que terminou em 8 de março, quando os analistas esperavam um aumento de 1 mb, segundo o consenso reunido pela agência Bloomberg.

Além disso, as reservas de gasolina caíram muito mais do que o previsto, 5,7 mb, quando os analistas esperavam uma redução de 2,2 mb.

Os preços também foram sustentados pela "continuação dos ataques com drones às refinarias e infraestruturas petrolíferas russas", destacaram analistas do DNB.

Um novo ataque com drone atingiu na terça-feira um local na Rússia, alvo pela segunda vez consecutiva dos ataques vindos da Ucrânia.

A ofensiva afetou uma refinaria de petróleo em Ryazan, cerca de 200 km a sudeste de Moscou. No total, 58 drones atingiram várias regiões russas próximas à fronteira com a Ucrânia, segundo um comunicado do Ministério da Defesa russo, que afirmou que todos foram destruídos.

Mas o DNB estima que "os ataques ucranianos danificaram instalações que representam mais de 10% da capacidade de processamento de petróleo da Rússia nos últimos dois dias".

"Esses ataques noturnos à infraestrutura energética russa preocupam o mercado", disse Kilduff.

"Se [a ofensiva contra a infraestrutura petrolífera russa] continuar, o mercado incluirá um prêmio nos preços que considere o risco de uma interrupção no fornecimento de energia russo", tanto na produção quanto na exportação, afirmou o analista da Again Capital.

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