Petróleo sobe mais e supera US$ 123 com embargo europeu a produto russo
Os líderes da União Europeia concordaram, a princípio, em cortar 90% das importações de petróleo da Rússia até o final de 2022
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Os preços do petróleo tiveram alta nesta terça-feira depois que a União Europeia concordou em proibir parcialmente o petróleo da Rússia, e a China decidiu suspender algumas restrições ao coronavírus durante um aumento de demanda antes do pico da temporada de verão nos EUA e na Europa.
O petróleo do tipo Brent para julho, cujo contrato encerra nesta terça-feira, aumentou US$ 2,31, ou 1,9%, chegando a US$ 123,98 por barril no começo da manhã, após chegar a custar US$ 124,10, valor mais alto desde o dia 9 de março.
O contrato para agosto, que está ativo, subiu US$ 2,44, chegando a US$ 120,04 por barril. Não houve comercializações na segunda-feira por causa de um feriado nacional nos Estados Unidos.
Os contratos para julho que encerram em maio estão no sexto mês de altas seguidas.
Os líderes da União Europeia concordaram, a princípio, em cortar 90% das importações de petróleo da Rússia até o final de 2022, sanção mais dura do bloco desde a invasão da Ucrânia, três meses atrás.
O embargo isenta o petróleo dos oleodutos da Rússia de ser concedido à Hungria.
— Como dois terços das exportações russas de petróleo bruto são marítimas, cerca de 1,5 milhão de barris por dia (bpd) de petróleo precisarão ser substituídos pela UE — afirmou o analista da PVM Tamas Varga.
Ele acrescentou:
— Este volume é, na verdade, mais próximo de 2.1-2.2 milhões de bpds já que ambas a Polônia e a Alemanha estão planejando parar de adquirir os produtos vindo dos oleodutos até o fim deste ano.
Inflação recorde
As ações na zona do Euro despencaram nesta terça-feira após dados mostrarem que a inflação na região subiu a um patamar recorde no mês de maio, fazendo com que o mercado aposte em um aumento na taxa de juros pelo Banco Central Europeu.
A inflação nos 19 países que compartilham o Euro acelerou para 8,1% em maio, contra 7,4% do índice de abril, bem acima das estimativas de 7,7% projetadas após a alta dos preços, indicando que não é mais apenas a energia que está puxando a porcentagem para cima.
Os preços da energia saltaram 39,2%, um resultado da crise de energia global causada pela guerra.
Os preços dos alimentos subiram 7,5%, enquanto os valores dos outros bens como roupas, acessórios, carros, computadores e livros ficaram 4,2% mais altos, e o custo dos serviços aumentou 3,5%.