Petróleo vai a US$ 124; inflação nos países do euro bate recorde
A disparada do petróleo, cujos preços já sobem há seis meses seguidos, têm pressionado a inflação no mundo inteiro
Os preços do petróleo tiveram alta nesta terça-feira depois que a União Europeia concordou em proibir parcialmente as compras de petróleo da Rússia, e a China decidiu suspender algumas restrições que haviam sido impostas à economia para conter um surto de Covid.
O petróleo do tipo Brent, no contrato para julho, que é o mais negociado, chegou a ser cotado na máxima de US$ 124,10, maior valor mais alto desde 9 de março. Por volta das 13h, estava a US$ 123,37, alta de 1,7%.
A disparada do petróleo, cujos preços já sobem há seis meses seguidos, têm pressionado a inflação no mundo inteiro. Em maio, nos 19 países da zona do euro, a inflação bateu recorde e foi a 8,1% no dado anual.
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Nesta segunda-feira, os líderes da União Europeia concordaram em cortar 90% das importações de petróleo da Rússia até o final de 2022, sanção mais dura do bloco desde a invasão da Ucrânia, três meses atrás.
— Cerca de 1,5 milhão de barris por dia (bpd) de petróleo precisarão ser substituídos pela UE — afirmou o analista da PVM Tamas Varga.
Inflação recorde
A inflação de maio na zona do euro, divulgada nesta terça, veio bem acima do resultado de abril (7,4%) e também superou a média das estimativas dos especialistas (7,7%), fazendo com que o mercado aposte em um aumento na taxa de juros pelo Banco Central Europeu.
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Os preços da energia saltaram 39,2% e o custo dos dos alimentos subiram 7,5%. Mas analistas apontam que houve uma alta generalizada em outros produtos também. O aumento em outros bens, como roupas, acessórios, carros, computadores e livros foi de 4,2%. E o custo dos serviços aumentou 3,5%.