PIB da China sobe 4,5% no primeiro trimestre de 2023, sinalizando recuperação
Com o fim da política de Covid zero, números da segunda maior economia do mundo entre janeiro e março apontam aceleração
A economia da China cresceu 4,5% no primeiro trimestre deste ano, segundo informou a agência Bloomberg. O número supera a previsão de 4% consensual no mercado financeiro e indica uma recuperação mais rápida do que o esperado da segunda maior economia do mundo, com o fim da política de Covid zero do presidente Xi Jinping. Apesar disso, o instituto oficial de estatísticas chinês apontou demanda doméstica insuficiente.
Segundo o Departamento Nacional de Estatísticas, o Produto Interno Bruto cresceu 4,5%, no período de janeiro a março, em relação ao ano anterior. A avaliação é que os gastos do consumidor e um aumento nos investimentos governamentais em infraestrutura ajudaram a impulsionar esse crescimento.
No entanto, especialistas apontam que há sinais conflitantes: o crescimento do crédito e das exportações disparou em março, mas a inflação permaneceu fraca.
De acordo com a Bloomberg, os economistas estão divididos sobre se o governo precisa lançar mais estímulos para impulsionar a economia doméstica.
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No mês de março, os indicadores de atividade mostraram recuperação mista. As vendas no varejo aumentaram 10,6%, em relação ao ano anterior – as expectativas eram de um salto de 7,5%. Já a produção industrial cresceu 3,9%, quando a projeção era de 4,4%.
Também o investimento em ativos fixos ficou aquém: aumentou 5,1% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior, quando a projeção era de 5,7%. Investimento imobiliário continuou a contrair, caindo 5,8% no período. Por fim, a taxa de desemprego urbano caiu para 5,3% no mês passado, contra 5,6% em fevereiro.
Meta cautelosa
No mês passado, o governo chinês estabeleceu uma meta cautelosa de crescimento do PIB, de cerca de 5% para este ano.
O presidente do Banco Popular da China, Yi Gang, reafirmou, na semana passada, que a economia vai crescer de acordo com a meta. Ele destacou que o mercado imobiliário está se estabilizando.
Na segunda-feira (17), o banco central manteve a taxa básica de juros e restringiu injeção de dinheiro no sistema bancário.