PIB de Pernambuco cresce pelo sétimo mês seguido em novembro
Estado registrou aumento de 0,8% quando comparado a outubro. O acumulado anual, porém, ainda é negativo (-2%)
A economia pernambucana continua em ritmo de retomada após forte queda devido à pandemia da Covid-19. Em novembro, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado apresentou alta de 0,8% em relação a outubro, de acordo com boletim divulgado pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco - Condepe/Fidem. Este foi o sétimo mês consecutivo que o índice apresentou crescimento em relação ao mês imediatamente anterior.
A recuperação, no entanto, ainda não é suficiente para que o PIB tenha variação positiva em 2020. No acumulado do ano, o índice apresentou queda de -2%. Já nos últimos 12 meses, a variação do PIB pernambucano foi de -1,7%. “Podemos afirmar que não houve uma plena recuperação da economia em decorrência da desaceleração que aconteceu em 2020, que trouxe uma regressão do PIB nacional a 4,53%, estimado. Isso mostra que Pernambuco está performando melhor que o país, mas não superou os efeitos da pandemia”, analisou João Rogério Alves Filho, economista e sócio-diretor da PPK Consultoria.
Quando comparado ao mesmo período de 2019, a variação do PIB em novembro foi de 1,7%. Este foi o quarto mês seguido em que o índice de 2020 é superior ao de 2019. Os três setores da economia apresentaram crescimento em relação a outubro. O segmento de serviços, mais afetado durante a pandemia e com maior peso na economia, foi o destaque, com crescimento de 0,8%. Em seguida aparece o setor da agropecuária, que registrou aumento de 0,4%, e o industrial, que cresceu 0,2%.
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De acordo com João Rogério, o resultado está diretamente ligado à reabertura econômica que acontece no Estado. “Os dados são coincidentes com as medidas de relaxamento de isolamento social. O PIB de serviços representa 70% da economia pernambucana e as medidas de isolamento social atingiram basicamente esse segmento de maior importância. Então a coincidência da retomada de crescimento vem com o relaxamento das medidas”, explicou o economista.