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Pix: como foi reunião em que Lula determinou recuo em norma da Receita Federal

Presidente e ministros concordaram que os efeitos negativos das fake news do pix não iriam parar de crescer se não houvesse recuo

Com Lula, os ministros também chegaram ao consenso de que era preciso criar uma norma que blinde o pix, sem que esse tipo de transação seja colocado em dúvida pela populaçãoCom Lula, os ministros também chegaram ao consenso de que era preciso criar uma norma que blinde o pix, sem que esse tipo de transação seja colocado em dúvida pela população - Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

A bola de neve que virou a repercussão negativa da I nstrução Normativa (IN) da Receita Federal sobre monitoramento das movimentações financeiras, incluindo o Pix e outros meios como cartão de crédito, motivou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a chamar ministros às pressas no Palácio do Planalto e alterar sua agenda na tarde desta quarta-feira.

A norma da Receita, além de dúvidas, gerou uma onda de fake news sobre a taxação do Pix, o que o texto nunca estabelecia.

Lula e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira e o chefe da Receita Federal, Robinson Barreirinhas decidiram que era necessário revogar a norma da para conter a sangria do governo e a onda de informações que se alastra nas redes sociais e afeta operações de pix em todo país.

Lula disse aos auxiliares que queria uma forma de acabar com a mentira e tirar combustível da oposição.

Os ministros chegaram ao encontro com Lula irritados com o tamanho da repercussão de um vídeo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). A gravação ultrapassou 100 milhões de visualizações no Instagram e sugere que o aumento da fiscalização das transações poderia representar no futuro a taxação das movimentações via Pix.

— O governo Lula vai monitorar seus gastos. E o Pix não será taxado, mas é sempre bom lembrar… A comprinha da China não seria taxada, mas foi. Não ia ter sigilo, mas teve. Você ia ser isento do imposto de renda, não vai. O Pix não será taxado, mas não duvido que possa sim. Quem mais será afetado por esta medida serão os trabalhadores, que serão monitorados como se fossem grandes sonegadores — diz Nikolas no vídeo.

Com Lula, os ministros também chegaram ao consenso de que era preciso criar uma norma que blinde o pix, sem que esse tipo de transação seja colocado em dúvida pela população. O principal argumento para revogação foi de que, se não houvesse recuo, a oposição iria continuar criando clima de desconfiança sobre o pix.

Na prática, Lula e seu primeiro escalão concordaram que os efeitos negativos não iriam parar de crescer se não houvesse recuo. Outra preocupação é de que, sem a revogação, se ampliasse a quantidade de crimes contra a economia popular.

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