Brasil

Pix é uma 'conquista dos funcionários do BC', diz presidente da instituição

Em último dia de campanha na televisão, o presidente Jair Bolsonaro também citou a criação do serviço

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central  - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (29) que o Pix é uma conquista do BC e de seus funcionários em contraste ao discurso do presidente Jair Bolsonaro, que tem usado o Pix em sua campanha eleitoral.

"Nas primeiras reuniões, o prazo para o projeto Pix era 2023. A gente acelerou, trabalhou durante a pandemia, a equipe do Banco Central trabalhou dia e noite durante a pandemia para fazer o Pix funcionar. A gente tinha o desafio de fazer em novembro de 2020", disse.

O Pix foi lançado em novembro de 2020 e desde então vem tendo adesão massiva da população. O período coincide com o do mandato de Bolsonaro na presidência, mas o início do desenvolvimento do Pix aconteceu ainda antes, segundo o próprio Campos Neto.

"Tinha ocorrido um grupo de trabalho sobre pagamentos instantâneo antes da minha chegada. Tinha sido feito um resumo sobre o que o grupo de trabalho tinha concluído e o grupo de trabalho tinha concluído que tinha benefício de ter um programa instantâneo bem feito, que isso geraria melhora na intermediação financeira. A gente começou a falar da agenda de inovação e em algum momento a gente entendeu que os pagamentos instantâneos deveriam ser prioridade", afirmou nesta quinta-feira.

Segundo Campos Neto, ainda há muitas inovações a serem desenvolvidas em cima do Pix, que se demonstrou “um sucesso”.

"O Pix é uma conquista do Banco Central, dos funcionários do BC, e o Pix tá só no começo. Tem muito mais coisa para acontecer. Somente vendo o Pix funcionando, você não enxerga que por baixo dessa estrutura que a gente tá vendo hoje tem muito mais coisa para aparecer. O Pix vai continuar existindo quando eu não estiver aqui. O Pix não foi um projeto meu, é um projeto do Banco Central", disse.

Outra manifestação
Em agosto, o presidente do Banco Central já havia dito que não era verdade que os bancos perdem dinheiro com o Pix, contrariando o presidente Jair Bolsonaro e ministros do governo que afirmaram que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) assinou a carta democrática da Fiesp em defesa da democracia por causa de supostos prejuízos sofridos por instituições financeiras com o sistema.

Os bancos registraram lucro líquido de R$ 132 bilhões em 2021, primeiro ano completo com Pix em vigor, o que significa 49% mais que em 2020 e 10% acima do resultado das principais instituições somadas em 2019.

Também em agosto, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) divulgou uma nota em que repudiava o uso eleitoral do Pix “por certos grupos políticos”, após Bolsonaro mencionar o Pix como um feito do seu governo durante entrevista ao Jornal Nacional.

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