Plano safra: valor pode chegar a R$ 440 bilhões e agrada a bancada ruralista
O valor anunciado para os grandes produtores já é mais alto que o do ano passado, que ficou em R$ 287,16 bilhões
O anúncio do governo de um valor recorde para o Plano Safra agradou integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que reúne deputados e senadores da bancada ruralista do Congresso. O governo reservou o montante de R$ 364,22 bilhões para o financiamento grandes e médios produtores rurais do país e, nesta quarta-feira, deverá anunciar mais R$ 77 bilhões para pequenos agricultores.
"Amanhã, com a agricultura familiar, serão mais R$77 bilhões. O Plano Safra vai para um total entre R$ 437 e R$ 440 bilhões" disse o vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).
O valor anunciado para os grandes produtores já é mais alto que o do ano passado, que ficou em R$ 287,16 bilhões.
Taxa de juros
Já os valores para equalização de juros ficaram abaixo do solicitado pelo setor, mas o presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio, Pedro Lupion (PP-PR), disse que é necessário reconhecer o esforço do Ministério da Agricultura e destacou que a taxa de juros ficou "razoável".
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A equalização de juros é o valor gasto pelo governo para financiar a queda da taxa básica Selic, que hoje está em 13,75%. O governo injeta verba para diminuir o valor de juros pagos pelo produtor rural.
"O que custa de fato para o governo é a equalização de juros, que deve ficar em torno de R$20 bilhões, tínhamos pedidos R$ 25 bilhões. Mas temos que reconhecer o esforço do governo. A taxa de juros ficou razoável, entre 12,5% e 6%, com 8% para o Pronampe. Sempre buscamos menos de dois dígitos, mas é difícil equalizar uma taxa de juros Selic que está em 13,75%" afirmou o ruralista.
Apoio da bancada
Os ruralistas destacaram, porém, que o investimento do governo Lula no setor não reflete automaticamente em apoio e votos para o governo no Congresso Nacional
"Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Nossas críticas ao governo são ideológicas e não técnicas" disse Pedro Lupion.