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Ancoradouro

Porto do Recife realiza obras para ampliar capacidade de atracação de navios

Com essa nova obra, o setor de carga no ancoradouro deve gerar mais 300 a 400 novos empregos

Porto do Recife Porto do Recife  - Foto: Rafael Furtado/ Folha de Pernambuco

Um serviço para permitir a atracação de navios maiores está sendo realizado no Porto do Recife. Após dez anos, o ancoradouro recebe as obras de dragagem, que são responsáveis por estabelecer o aprofundamento das áreas onde as embarcações circulam e fazem a atracação.

Com essa nova obra, o setor de carga no ancoradouro deve gerar mais 300 a 400 novos empregos. São postos de trabalho ligados à atividade portuária, como estivadores, conferentes e caminhoneiros.

Na manhã desta terça-feira (8), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, visitou a obra da dragagem, juntamente com o presidente do ancoradouro, José Lindoso, em uma das áreas onde estava sendo realizado o serviço.

“Essa obra da dragagem vai facilitar, junto com as próprias obras que o Porto do Recife está executando de infraestrutura interna, que a gente tenha condições e potencial de ajudar Pernambuco nessa retomada e melhorar cada vez mais o crescimento da competitividade do nosso Estado”, destacou o governador Paulo Câmara.

Estão sendo investidos R$ 28,3 milhões para a realização do serviço, que consiste em retirar os resíduos acumulados no fundo da água. O navio Lelystad, da empresa holandesa Van Oord, é a embarcação que realiza a dragagem.

A obra foi iniciada no dia 22 de janeiro e a expectativa é de que seja concluída em até 40 dias, a contar da data de início.
 

Para o presidente do ancoradouro, haverá crescimento de cargas e geração de empregos a partir deste serviço. “São obras estruturantes em que vamos conseguir trazer navios maiores, com maior capacidade de carga. Entre as operações que serão ampliadas estão as de açúcar, trigo, milho, fertilizantes e barrilha. Isso viabilizará para o setor portuário ligado ao ancoradouro cerca de 300 a 400 novos empregos”, ressaltou José Lindoso.

O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, o superintendente do sindicato, Marcelo Guerra, e o presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro, também estiveram presentes na visita ao Porto do Recife. Renato Cunha destacou a importância do açúcar na nova realidade do ancoradouro.

“O Porto sempre se caracterizou como gerador de empregos, como emissor de riquezas para todo o Estado. O açúcar é uma carga relevante para Pernambuco, é a primeira carga de maior volume no Porto do Recife, atingindo Estados Unidos, norte da África, leste europeu, levando o açúcar de Pernambuco a todas essas localidades. Essa obra é uma obra estruturante em que o governo de Pernambuco se empenhou muito, junto ao governo federal, e finalmente conseguimos permitir um dragado maior”, disse Renato Cunha.

A obra vai abranger o cais de acesso aos berços, os próprios berços de atracação e a bacia de evolução, onde o navio faz as manobras. Do berço 00 ao 01, será aprofundado para 10 metros de profundidade; do berço 02 ao 06, para 11 metros de profundidade; e do trecho do berço 07 ao 09, para os 8 metros de profundidade. Os trechos mencionados chegarão às profundidades máximas, na maré alta, de 12,70m, 13,70m e 10,7m respectivamente. Segundo o ancoradouro, serão aproximadamente 832.200 mil metros cúbicos de sedimentos dragados juntando todas as áreas.

O último ano em que a área portuária recebeu uma obra de dragagem foi em 2012, um serviço que, no ideal, deveria ser realizado manutenção a cada dois anos, em média.

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