Porto do Recife quer abastecer cervejarias
Terminal portuário quer licitar área para construção de reservatórios de malte
Pernambuco está em busca de um novo canal de investimento para a área da indústria cervejeira. O Porto do Recife quer ampliar a capacidade de armazenamento do malte de cevada, grão utilizado na produção de cervejas. A proposta do Porto é licitar uma área de 12 mil metros quadrados (m2) para que o investidor construa silos (reservatórios) para aumentar a capacidade de guardar o malte.
Ontem, em conversa por videoconferência com aproximadamente oito investidores, o Porto do Recife apresentou a capacidade que o equipamento teria para ampliar o armazenamento do produto. A proposta seria criar um silo de capacidade de armazenamento de 60 mil toneladas de malte na área. Mas, inicialmente, a previsão é de investimento de R$ 20 milhões para construção de um silo para armazenar 30 mil toneladas de malte.
Atualmente, o terminal portuário tem um silo construído com 25 mil toneladas de capacidade para guardar diversos tipos de grãos. Além disso, uma empresa privada tem dentro do Porto uma área para armazenar 22 mil toneladas de malte.
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De acordo com o presidente do Porto do Recife, Carlos Vilar, o equipamento se tornaria um complexo grande nesse segmento. “Todos os investidores nos ouviram e eu tenho certeza que alguns ficaram interessados em investir na área, principalmente neste momento em que cervejarias estão se expandindo”, disse Vilar, ao complementar que já pretende abrir o processo licitatório até o final do mês de agosto. A licitação será válida por 10 anos. Depois, o Porto poderá licitar novamente.
Ainda segundo Vilar, a Cervejaria Ambev estaria interessada em uma parceria com o futuro investidor para ter mais espaço de armazenamento do malte em Pernambuco, já que a empresa possui uma indústria em Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife (RMR). “Representantes da Ambev que participaram da conversa disseram que pretendem centralizar no Porto do Recife todo o malte que recebem para a produção de cervejas no Nordeste. E disseram que garantem ao investidor o retorno do investimento em cinco anos. Ou seja, o investidor já vai saber que terá um bom usuário na área”, disse Vilar.
Procurada, a Ambev informou que não irá se pronunciar. A empresa está em período de silêncio porque irá anunciar o balanço financeiro em breve.