NEGÓCIOS

Portugal traça plano para venda de participação do governo na TAP

Ernst & Young e o Banco Finantia foram contratados para avaliar a companhia aérea estatal

Avião da portuguesa TAPAvião da portuguesa TAP - Foto: Divulgação

O governo português contratou a Ernst & Young e o Banco Finantia para realizar avaliações da TAP como parte de um plano para vender uma participação na companhia aérea estatal.

Nenhum detalhe sobre o cronograma foi incluído no comunicado à imprensa enviado por e-mail pela Parpública, empresa estatal portuguesa. O Ministro das Finanças, Fernando Medina, havia dito em abril que o decreto que inicia o processo de privatização da TAP poderia ser aprovado "por volta" de julho.

O governo planeja manter uma participação na TAP após a privatização para ajudar a garantir "objetivos estratégicos", incluindo o de manter o hub da companhia aérea em Portugal, reiterou o primeiro ministro português, Antonio Costa, em março.

O governo considera a TAP estratégica porque seus voos ligam uma diáspora global de cidadãos do país, incluindo a maior rede transatlântica que serve o Brasil, e também conectam o continente aos arquipélagos da Madeira e dos Açores no meio do Atlântico.

Idas e vindas da "´privatização"
As grandes companhias aéreas Air France-KLM, Deutsche Lufthansa AG e IAG, empresa controladora da British Airways e da Iberia, disseram que podem considerar a TAP.

Esta não será a primeira vez que Portugal vende uma participação na TAP. Em 2015, o governo concordou em vender 61% da TAP para a Atlantic Gateway, que agrupava investidores, incluindo o empresário da aviação David Neeleman.

Poucos meses depois, no entanto, o novo governo socialista de Costa reverteu parcialmente a privatização da TAP, aumentando sua participação para 50% em relação aos 34% anteriores.

Assim como outras companhias aéreas, a TAP teve que interromper a maioria de suas operações devido ao surto de coronavírus e recebeu financiamento de resgate do governo. Em 2020, o governo concordou em comprar a participação indireta de Neeleman na TAP e aumentou sua participação para 72,5% antes de se tornar o único proprietário da companhia em dezembro de 2021.

A Comissão Europeia aprovou mais de 2 bilhões de euros (US$ 2,2 bilhões) em ajuda à reestruturação para a TAP em 2021.

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