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Foz do Amazonas

Prates defende exploração de petróleo na Foz do Amazonas: "Não estamos dentro da floresta"

Presidente da Petrobras argumenta que campo fica a 180 quilômetros da costa e que atividade petrolífera vai gerar recursos para ajudar na preservação ambiental

Jean Paul PratesJean Paul Prates - Foto: Pedro França / Agência Senado

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, voltou a defender a exploração de petróleo na Bacia do Foz do Amazonas sob o argumento de que a atuação da empresa seria importante para movimentar a economia local, gerando até mesmo recursos para a preservação ambiental da Amazônia.

A declaração foi feita durante o Seminário sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira realizado pela FGV Energia em parceria com a AmCham Rio, realizado na cidade do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira.

— Quando a gente fala de Margem Equatorial, que aparentemente é uma coisa dissonante, não é. Uma produção offshore a 180 quilômetros da costa da Amazônia ajuda a Amazônia com royalties, com participações governamentais, com o movimento da economia, com empregos. Nós não estamos dentro da floresta, nós estamos lá fora. A mitigação é altamente possível. É usar o recurso natural não renovável (petróleo) a favor de ter condições de criar a economia da floresta, de gerar recursos de verdade para fazer a preservação - afirmou Prates.

Segundo ele, a Foz do Amazonas não é "o novo Eldorado".

- É apenas uma nova fronteira de exploração, de produção, e será desenvolvida com toda responsabilidade — afirmou Prates.

Eólicas offshore
Prates anunciou também que a Petrobras deve destinar um valor entre 6% e 15% dos seus investimentos totais em projetos de baixo carbono, no prazo de quatro anos, começando em 2024.

A proposta é impulsionar o desenvolvimento de fontes renováveis no Brasil, abrangendo principalmente projetos de energia eólica offshore em dez áreas marítimas da empresa, que juntas somam um potencial de 23 GW.

Sete delas ficam no Nordeste, uma no Sul e as outras duas no Sudeste — nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Uma das unidades foi protocolada com o intuito de estudar o desenvolvimento de estruturas flutuantes.

— A gente não está muito longe de ter uma realidade de eólicas offshore. [...] Logo logo teremos um preço que certamente ao meu ver será próximo, andará junto, com o gás natural. Eólica offshore é playmobil para a Petrobras porque [...] catar vento no mar é muito mais simples que buscar petróleo no pré-sal — explicou.

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