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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Precisamos de uma regulação internacional para a IA, afirma criador do ChatGPT

CEO da OpenAI, empresa dona do ChatGPT, participou de evento no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro

Sam AltmanSam Altman - Foto: Andrew Caballero-Reynolds/AFP

Regular a inteligência artificial não será tarefa fácil, mas isso não significa que a sociedade global não deva achar caminhos para isso. Essa foi a visão de Sam Altman, CEO da OpenAI, empresa dona do ChatGPT.

O executivo participou nesta tarde de uma conversa sobre ‘o futuro da inteligência artificial e o Brasil’ no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e conversou com jornalistas após o painel.

Participaram do debate Nina da Hora, cientista da computação, pesquisadora e ativista brasileira; Felipe Such, membro do corpo técnico da OpenAI; e Deniz Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann, como mediador da mesa. O evento foi realizado pela Fundação Lemann.

Segundo Altman, o movimento de pausa no desenvolvimento da inteligência artificial não faz sentido, embora ele simpatize com o motivo pelo qual a sociedade pede isso. O CEO da OpenAI defende a necessidade de uma regulação internacional, além do estabelecimento de padrões de segurança pelas empresas e auditorias externas para que haja uma aplicação segura de ferramentas como o ChatGPT.

— Não vou ser ingênuo e fingir que isso (regulação) é uma coisa fácil de fazer. Mas temos que tentar — diz ele, ao Globo.

Durante a mesa de abertura, Altman pontuou que os sistemas de inteligência artificial influenciam todo o mundo, e é preciso estrutura internacional para lidar com isso.

— Temos que focar em mitigar os prejuízos que podem acontecer e garantir que não cometamos grandes erros que possam impactar o mundo todo. Isso é um tema bastante sensível — disse, durante o painel.

Visita a diferentes países

Altman, que está fazendo uma turnê por diferentes países junto ao time da OpenAI para conhecer e ouvir propostas de governantes locais e desenvolvedores, conta que o objetivo é não só implementar melhorias nos sistemas de inteligência artificial da OpenAI, mas buscar de forma colaborativa a construção de um futuro em que a IA seja pensada em prol dos seres humanos.

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A OpenAI já passou por Toronto, Washington e chegou ao Rio esta semana. Ainda estão previstos outros 14 países, entre eles Nigéria, Espanha e Bélgica, em que eles se encontrarão com autoridades locais.

— Estou fazendo essa viagem ao redor do mundo por vários motivos. Uma delas é que realmente queremos ouvir as pessoas que usam de forma diferente em diferentes contextos e sair da nossa bolha sobre como as pessoas gostariam de ver essa tecnologia desenvolvida. Outra é conversar com as pessoas sobre como pode ser uma estrutura internacional e, no geral, fiquei agradavelmente surpreso com a abertura das pessoas, então acho que há um desejo real de tentar descobrir a melhor forma para isso.

Altman esteve em reunião na última quarta-feira com membros da comunidade científica, em evento organizado a portas fechadas pelo ITS Rio (Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio).

— Foi muito divertido ver a empolgação com a IA no Rio. As pessoas estão construindo coisas incríveis aqui. É muito divertido ver que as pessoas têm ótimas ideias de pesquisas para nós, e vamos fazer muitas anotações, vamos tentar implementá-las.

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