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Preço do gás pode cair até 6% para consumidor, após redução anunciada por Petrobras

Mas há expectativa de que preços podem subir no segundo semestre por conta de avanço do petróleo

GNVGNV - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A queda no preço do gás natural às distribuidoras anunciada na manhã desta segunda-feira (17) pela Petrobras pode reduzir a conta ao consumidor final em até 5%. A estimativa é de Bruno Armbrust, sócio da consultoria ARM e ex-presidente da Ceg.

Nesta manhã, a Petrobras anunciou que vai reduzir a partir de maio o preço do gás natural vendido às distribuidoras em 8,1% em reais por metro cúbico. A redução atinge apenas gás encanado (para residências, comércio e indústrias) e o usado para abastecer veículos (GNV). Não está incluído nessa queda o valor do botijão (GLP).

Para ele, as reduções podem oscilar entre 1 % e 6%, a depender do tipo de cliente final. Isso porque, explicou o especialista, o valor final do gás cobrado a consumidores residenciais e empresariais é composto pela variação da molécula em si, a margem das empresas e os tributos que incidem no segmento.

Para ele, o preço do GNV (gás natural veicular) ao consumidor final terá o maior impacto, pois o custo do gás tem peso entre 70% e 75% do valor final. Assim, o impacto ao consumidor final deve oscilar entre 5,5% e 6%. Já no caso do gás consumido pela indústria, segmento em que a molécula tem peso entre 35% e 55% no valor final do gás, a redução da tarifa final deve oscilar entre 2,5% e 4,5%.

- Entre os clientes residenciais, o impacto será menor, pois a molécula tem peso de cerca de 15% no preço final. Assim, a redução pode ser de 1% no consumidor final residencial - calculou Armbrust, usando os preços do Rio de Janeiro como referência.

Preço pode subir no segundo semestre

Segundo Armbrust, a redução anunciada pela Petrobras já era esperada pelo mercado:

- Houve queda no valor do barril tipo Brent, que no período de um ano passou de US$ 125 para US$ 70. Mas, com o anúncio do corte de produção da OPEP (cartel que reúne os maiores produtores do mundo), o barril voltou ao patamar de US$ 85, o que pode levar em agosto a uma subida do preço do gás salvo se a taxa de câmbio ajudar.

Segundo a Petrobras, os contratos da Petrobras com as distribuidoras de gás preveem ataulizações nos preços a cada três meses com base no preço da molécula e dos custos de transporte pelos dutos. De acordo com a estatal, a queda anunciada a partir de maio se refere aos meses de fevereiro, março e abril.

Entre os meses de fevereiro e abril, informou a Petrobras, o barril do petróleo acumulou queda de 8,7% e do dólar subiu 1,1%. Além disso, o IGPM, que baliza os custos de transporte do gás, teve variação de 0,2%. Segundo a estatal, a parcela do preço relacionada ao transporte do gás é atualizada anualmente no mês de maio.

Com isso, o preço do gás natural vendido pela Petrobras para as distribuidoras acumulará redução de aproximadamente 19% no acumulado do ano. A estatal informou que o preço final do gás natural ao consumidor é determinado ainda pelas margens das distribuidoras, dos postos de recenda (no caso do GNV), além de tributos federais e estaduais. "Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais".

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