Preços do petróleo disparam mais de 5% por temor de escassez
Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia se reúnem em Bruxelas nesta segunda-feira para avaliar novas sanciones contra a Rússia
Os preços do petróleo Brent, o barril de referência na Europa, e WTI, nos Estados Unidos, dispararam mais de 5% nesta segunda-feira (21), por consequência da estagnação nas conversas de paz na Ucrânia e do aumento das tensões no Oriente Médio.
Por volta das 13h15 (no horário de Brasília), o Brent do Mar do Norte subia mais de 6%, cotado a cerca de 115 dólares o barril, enquanto o WTI registrava aumento de quase 6%, para cerca de 110,00 dólares o barril.
Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia se reúnem em Bruxelas nesta segunda-feira para avaliar novas sanciones contra a Rússia, com alguns membros do bloco pressionando pela imposição de um embargo sobre o petróleo e o gás russos.
Leia também
• Ucrânia pede que China desempenhe 'papel importante' para encontrar solução ao conflito
• Ucrânia rejeita ultimato russo para cidade cercada de Mariupol
• Central de Chernobyl tem primeiro rodízio de funcionários ucranianos em quase um mês
Por sua vez, a Arábia Saudita, o principal exportador de petróleo do mundo, advertiu nesta segunda que os ataques dos rebeldes iemenitas contra suas instalações petrolíferas supõem uma "ameaça direta" para o abastecimento mundial.
"Enquanto a guerra faz estragos na Ucrânia, outro conflito prolongado [no Iêmen] se soma ao nervosismo em torno do preço do petróleo, depois que os rebeldes houthis atacaram uma refinaria na Arábia Saudita", afirmou Susannah Streeter, analista de investimentos e mercados da empresa britânica de serviços financeiros Hargreaves Lansdown.