Economia

Prefeitos de 305 cidades aprovam adesão a novo contrato com Sabesp privatizada

Adesão de prefeituras foi votada nesta segunda-feira, no Palácio dos Bandeirantes; Leilão de privatização da companhia deve acontecer no próximo mês

Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Laranjeiras, em Caieiras, São PauloEstação de Tratamento de Esgoto (ETE) Laranjeiras, em Caieiras, São Paulo - Foto: Divulgação/Sabesp

Prefeitos de 305 cidades paulistas aprovaram nesta segunda-feira, em reunião no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, a celebração de um novo contrato unificado para a prestação de serviços de saneamento básico após a privatização da Sabesp. O objetivo do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, é realizar o leilão de desestatização no próximo mês.

A votação aconteceu por meio eletrônico, durante reunião da Unidade Regional de Serviços de Abastecimento Água Potável e Esgotamento Sanitário 1 (UREA 1), que reúne 370 dos 375 municípios paulistas atendidos pela Sabesp. Na prática, o resultado indica quantas prefeituras pretendem aderir à privatização.
 

Durante o encontro, 91,2% dos 316 prefeitos participantes também aprovaram o regimento interno do Conselho Deliberativo da URAE-1. O conselho será responsável pelas decisões colegiadas relacionadas ao planejamento, organização e execução dos serviços de saneamento no estado após a privatização. O colegiado também também vai aprovar os planos, programas, metas e projetos apresentados na área.

Essa é uma das etapas mais importantes do processo de privatização da Sabesp antes do leilão, em que o governo de São Paulo poderá vender até 30% do capital que tem na companhia. Atualmente, o estado tem o controle acionário da Sabesp, com 50,3% dos papéis.

O grupo de prefeitos reunidos no Bandeirantes também definiu que a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (ARSESP) seguirá responsável pela regulação e pela fiscalização dos serviços de saneamento após a privatização. A aprovação aconteceu por 308 dos 316 municípios que participaram do encontro.

Privatização da Sabesp será em duas etapas
A expectativa do mercado e do governo paulista é realizar o leilão de privatização em junho.

A venda será realizada em duas etapas. Na primeira, terá início o processo de escolha do acionista de referência, que terá 15% dos papéis da empresa. As duas melhores propostas nesta etapa irão para disputa na segunda fase da oferta, aberta para todo o mercado. A escolha do acionista de referência será feita pelos investidores. A proposta vencedora será aquela que gerar o maior volume de ações negociadas.

O modelo também inclui um acordo de lockup de cinco anos, ou seja, um período (até 2029) em que o investidor de referência não poderá vender sua participação na companhia. Caso permaneça com mais de 10% das ações após o período de lockup, os acordos com o investidor poderão ser mantidos até 2034.

Investimento de R$ 64 bi
Durante o encontro, o governo também apresentou aos municípios os planos de investimentos e operação com a Sabesp privatizada.

A privatização envolve a previsão de R$ 64 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos, além da antecipação da meta de universalização dos serviços de água e esgoto de 2029 para 2033. Ao todo, são previstos cerca de R$ 260 bilhões em investimentos até 2060.

O governo estadual também prevê a redução de 10% no valor das tarifas para consumidores de baixa renda, 1% de abatimento para os consumidores gerais e 0,5% de desconto para comércios e indústrias.

Os recursos para o abatimento nas tarifas virão de um fundo que (o Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento no Estado de São Paulo) que irá contar com 30% do valor levantado pelo estado na privatização, mais os dividendos recebidos pelo governo após o processo.

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