Presidente da Petrobras defende exploração na Margem Equatorial: "Necessidade de repor reservas"
Empresa aguarda o aval do Ibama para perfurar o primeiro poço de exploração na bacia da Foz do Amazonas
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que um dos desafios da estatal é a recomposição de suas reservas. Ela voltou a afirmar a importância do início da exploração na Margem Equatorial, que vai do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte.
Magda participa da abertura do ROG.e (antiga Rio Oil & Gas), um dos principais eventos de energia do país, organizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que acontece esta semana no Centro do Rio de Janeiro.
A Petrobras aguarda o aval do Ibama para perfurar o primeiro poço de exploração na bacia da Foz do Amazonas, no litoral do Amapá.
"Nossas necessidades de reposição de reservas são sérias. Estamos trabalhando para conseguir explorar na Margem Equatorial."
Magda afirmou ainda que a companhia vai buscar uma produção de petróleo mais eficiente, com menos emissões.
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" Vamos continuar produzindo petróleo e reduzindo nossa pegada de carbono. O pré-sal tem metade da média mundial. Vamos continuar produzindo combustíveis cada vez mais verdes e chegaremos à net zero (neutralidade de emissões) em 2050, talvez até antes."
ANP fará novos editais de leilões
Rodolfo Saboia, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), disse que pretende lançar novos editais de oferta permanente de blocos de petróleo entre o fim deste ano e o início de 2025.
"Vamos retirar blocos que estavam em oferta há muito tempo. Estamos fazendo uma limpeza, um filtro nesses blocos e trabalhando para adicionar novos blocos com novos critérios. A ANP vai trazer ofertas mais atraentes, e esse processo se dará na virada do ano, com novos editais disponíveis para as áreas em oferta permanente. Estamos buscando fazer isso o mais rápido possível e realizar um leilão de melhor qualidade" disse ele.
Saboia lembrou ainda que a ANP pretende, até o fim deste ano, avançar na agenda de fontes renováveis, com o desenvolvimento de regras do hidrogênio e baixo carbono.
"A transição precisa ser feita de forma organizada, e estamos nos organizando dentro das nossas capacidades para abordar esses temas."
Annelise Lara, do comitê organizador do evento, destacou que o evento vai discutir diversos temas da indústria, como exploração de petróleo e gás, distribuição de combustíveis, energias renováveis e financiabilidade. O evento deve reunir mais de 70 mil pessoas até quinta-feira.