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Petrobras

Presidente da Petrobrás diz "não renunciar à exploração responsável das bacias da Margem Equatorial"

Magda Chambriard reafirma que vai retomar as operações de fertilizantes e petroquímica e diz que respeitará a lógica empresarial

 Presidente da Petrobras, Magda Chambriard Presidente da Petrobras, Magda Chambriard - Foto: Rafael Pereira/Agência Petrobras

Em sua primeira mensagem destinada ao mercado financeiro, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a companhia vai garantir “o respeito à lógica empresarial, à transparência e à governança”.

Na abertura da teleconferência para apresentar os resultados do segundo trimestre deste ano, quando registrou um prejuízo de R$ 2,6 bilhões, ela listou as prioridades da empresa para o futuro, como a ampliação de reservas de petróleo, a busca de ativos no exterior e o aumento dos investimentos em gás, fertilizantes e petroquímica.

— Aos nossos investidores, garantimos o respeito à lógica empresarial, à transparência e à nossa governança. Garantimos disciplina de capital e alavancagem controlada, assegurando que faremos isso considerando os investimentos necessários ao crescimento da empresa e reconhecendo a demanda dos acionistas governamentais e privados por dividendos. Entendemos que, dessa forma, estaremos contribuindo para movimentar a economia do país e para atender aos anseios mais profundos dos nossos acionistas — disse Magda.

Ela destacou as prioridades da Petrobras:

— Nossa maior prioridade é construir o caminho para que a Petrobras seja longeva e tão ou mais relevante para o Brasil do que é hoje. E isso só será possível se continuarmos crescendo com eficiência e rentabilidade. Isso significa que temos que ser ágeis para manter nosso histórico de reposição de reservas enquanto buscamos mais fontes de energia limpa. É muito importante ressaltar que, sem reposição de reservas de petróleo e gás, a Petrobras estaria fadada ao insucesso.

Segundo ela, embora ainda existam oportunidades exploratórias no pré-sal e nas bacias do sudeste, destacou a importância da margem equatorial.

— Não podemos renunciar à exploração responsável das bacias da margem equatorial brasileira. É fundamental para a Petrobras e para o Brasil que obtenhamos licença para perfurar os poços exploratórios necessários. Se confirmado o potencial da área, os resultados em termos de emprego e renda serão absolutamente incontestes para a sociedade. Além da margem equatorial, precisamos continuar com a exploração da Bacia de Pelotas, área também promissora no sul do Brasil.

Magda destacou ainda a busca por ativos no exterior:

— Estamos atentos às oportunidades em territórios estrangeiros, especialmente na América do Sul e nas bacias da margem atlântica da África. No último fim de semana, descobrimos gás natural na costa da Colômbia, em um bloco com elevado potencial para novas descobertas.

Ao citar a entrada de uma nova plataforma no Campo de Jubarte, no pré-sal, Magda lembrou que a meta é gerar mais valor para os acionistas:

— Temos ativos excelentes e vamos gerar mais valor para os nossos acionistas governamentais e privados. Este ano teremos a entrada em operação do gasoduto Rota 3, aumentando a oferta de gás do pré-sal para o mercado brasileiro. E é nesse contexto que estamos atentos às oportunidades para a expansão do mercado de gás, com oportunidades que incluem seu uso tanto como combustível quanto como matéria-prima.

Além do gás, ela mencionou a petroquímica e os fertilizantes:

— Buscaremos retomar as operações de fertilizantes e petroquímicas, porque elas agregam valor à nossa produção de gás natural. Nossa visão de longo prazo tem como foco os investimentos em exploração e produção e a busca pela diversificação das fontes de energia renovável. Esses dois elementos são essenciais para garantir o crescimento e a rentabilidade da empresa nas próximas décadas.

Magda ainda fez uma avaliação do resultado:

— Posso dizer que os resultados (do segundo trimestre) foram sólidos e ocorreram completamente dentro do esperado. Um evento não recorrente, como o acordo tributário com o Ministério da Fazenda, trouxe vantagens expressivas para a empresa e para a União, vantagens que foram reconhecidas pelo mercado.

Além disso, a marcante volatilidade cambial do período, sem nenhum efeito no caixa nem no patrimônio da companhia, impactou a contabilidade interna da empresa — disse Magda.

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