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Presidente do BNDES diz que estará com Petrobras na Margem Equatorial

Aloizio Mercadante defende ainda investimento em refino e aproximação com fornecedores da estatal

Litoral do Rio Grande do Norte: área promissora para exploração de petróleo que faz parte da Margem EquatorialLitoral do Rio Grande do Norte: área promissora para exploração de petróleo que faz parte da Margem Equatorial - Foto: Reprodução / Google maps

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, destacou que quer estreitar as relações com a Petrobras e defendeu os investimentos na polêmica Margem Equatorial, área que vai do litoral do Amapá até o Rio Grande do Norte. Ele disse que nas duas últimas décadas financiou projetos da estatal que somam R$ 78 bilhões, como gasodutos, áreas de exploração e refinarias, entre outros projetos.

Ele participa do seminário “Caminhos para Transição Energética Justa no Brasil”, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Centro do Rio de Janeiro.

"A Margem Equatorial é a última fronteira que o Brasil tem. São 2.200 mil quilômetros de costa. O potencial é imenso para o Brasil. O BNDES tem papel estratégico e a Petrobras é decisiva, pois tem papel fundamental para produzir com responsabilidade e descobrir reservas. Isso pode ser o diferencial para gerar renda. Temos que ter as melhores práticas e exigências e respeito ao Ibama para produzir de forma segura. Vamos estar juntos na Margem Equatorial."

Ele destacou que a discussão em torno da Margem Equatorial hoje é semelhante ao que ocorre com o pré-sal, no início dos anos 2000. Citou preocupações na ocasião como custo e risco de vazamento. Mercante destacou ainda que a companhia precisa avançar em energia eólica offshore e hidrogênio verde.

"Queremos ter refinaria e viabilizar um salto de qualidade. Não queremos só exportar petróleo. Agora estamos olhando para os fornecedores e queremos estar próximos. Estamos junto para buscar as parcerias possíveis para poder patrocinar a transição."

Previsão para 2024
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, lembrou que não há conflito intergovernamental em relação ao pedido de licenciamento para perfurar um poço na Bacia da Foz do Amazonas, no Amapá. Ele espera ter o aval do Ibama:

"Esperar mais seis meses faz pouca diferença. Vamos fazer agora a perfuração no Rio Grande do Norte e em seguida vamos ao Amapá" disse Prates, ressaltando que a expectativa é iniciar as atividades no Amapá no primeiro trimestre do próximo ano ou ao longo de 2024.

Prates citou ainda as iniciativas da empresa na área de eólica offshore, com 17 acordos já firmados, além dos planos para biocombustíveis e estudos em baterias e armazenamento de energia.

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