Presidente do PT critica alta dos juros, mas poupa Galípolo: ''Não resta alternativa"
Galípolo foi indicado ao cargo pelo presidente Lula. Foi a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC sob sua direção
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou nesta quarta-feira a decisão do Banco Central (BC) que aumentou a taxa de juros (Selic) em 1 ponto percentual para 13,25% ao ano, mas poupou o novo presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em publicação na rede social, ela disse que o presidente do BC não tem alternativa, diante do desafio da autoridade monetária em melhorar as expectativas do mercado em relação aos rumos da economia:
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"Neste momento sabemos que não resta muita alternativa ao novo presidente do BC, Gabriel Galípolo. Restam desafios para reposicionar as expectativas do mercado e a orientação da instituição que dirige", disse Gleisi, crítica contumaz das altas de juros do BC, presidido por Roberto Campos Neto, antecessor de Galípolo.
Na postagem, a petista ainda atribuiu o aumento anunciado hoje à "direção anterior" do BC, que era comandado por Roberto Campos Neto, nome escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo ela, o aumento nos juros "é péssimo para o país" e não tem justificativa nos fundamentos da economia real. "Vai tornar mais cara a conta da dívida pública, sufocar as famílias endividadas, restringir o acesso ao crédito e o crescimento da atividade econômica".