Brasil

Presidente do PT defende prorrogar isenção de impostos federais sobre combustíveis por 90 dias

Nesta semana, Haddad pediu para atual governo não prorrogar desoneração

Gleisi Hoffmann, presidente do PTGleisi Hoffmann, presidente do PT - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu a prorrogação por três meses na isenção dos impostos federais sobre os combustíveis e reafirmou posicionamento crítico à paridade de preços internacionais, atual política praticada pela Petrobras na formação de preços.

Em entrevista à GloboNews, a deputada do Paraná também defendeu a volta à política de preços praticada durante os dois mandatos anteriores do presidente-eleito Lula.

— O problema não é a questão do tributo, é a política de preços, a dolarização que aconteceu, isso tem um impacto monumental. A Petrobras virou uma empresa de distribuição de lucros e dividendos e o povo pagou a conta. Eu defendo pelo menos três meses (de prorrogação da isenção) para termos uma solução mais sustentável — disse.

Os impostos federais foram zerados até o fim deste ano, pelo governo e pelo Congresso, em meio à escalada dos preços em junho de 2022 motivada, entre outros fatores, pela guerra da Ucrânia.

Para que a desoneração continue no próximo ano, é necessária a edição de uma medida provisória.

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu nesta semana, porém, que o atual governo não prorrogue a desoneração. Haddad disse que o governo eleito precisa de mais tempo para decidir se renova a desoneração, mas não citou argumentos para já retornar com a cobrança de imposto.

A PPI foi implementada ainda no governo de Michel Temer, com a finalidade de recuperar as perdas da Petrobras durante o governo Dilma, que adotou a política de controle de preços.

Neste ano, com a disparada nos preços dos barris de petróleo no contexto da guerra na Ucrânia, os preços dos combustíveis foram altamente pressionados, levando a medida de redução da incidência de impostos para aliviar os preços. A medida, adotada no cenário eleitoral, teria validade até dezembro de 2022.

— Nós tínhamos uma outra política de preços para a Petrobras, em que você fazia o mix do que se importava e produzia aqui, não dolarização tudo, você tinha uma mediação. Isso teve um reflexo no preço do combustível pro consumidor final. Nós temos que voltar a fazer isso — menciona Geisi Hoffmann

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