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Prévia da inflação fecha 2022 em 5,9% com pressão de alimentos

Em dezembro, indicador subiu 0,52%, impactado pela alta das passagens aéreas e custos com alimentação

Consumo em supermercadoConsumo em supermercado - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação, avançou 0,52% em dezembro e fechou o ano de 2022 em 5,9%, quase metade do indicador de 2021 (10,42%). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (23) pelo IBGE. No ano, o indicador foi pressionado, principalmente, por alimentos.

O índice desacelerou em relação a novembro, quando estava em 6,85% em 12 meses. Mas está levemente acima das projeções de mercado. Segundo o último boletim Focus, divulgado pelo Banco Central e que reúne estimativas de analistas, a previsão é que a inflação oficial feche 2022 em 5,76%. O IPCA cheio do ano será divulgado em janeiro pelo IBGE.

Pela prévia, o indicador fechará o ano acima da meta e reforça a avaliação de analistas de que os juros deverão se manter em patamar elevado em 2023, iniciando sua trajetória de queda no segundo semestre.

No mês, o IPCA-15 teve alta de 0,52%, pouco abaixo do registrado no mês anterior (+0,53%).

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em dezembro. Transportes (0,85%) e Alimentação e bebidas (0,69%) foram responsáveis pelo maior impacto no mês.

O grupo dos Transportes, que inclui combustíveis, acelerou de novembro (0,49%) para dezembro (0,85%), principalmente devido à alta nos preços das passagens aéreas (0,47%), que haviam recuado quase 10% no mês anterior.

Os preços dos combustíveis (1,79%) seguiram em alta, embora o resultado tenha ficado abaixo do observado em novembro (2,04%).

No ano, a maior pressão foi do grupo Alimentos, com, avanço de 11,96%.

Para Felipe Sichel, sócio e economista-chefe do banco Modal, o espaço que havia sido cogitado para corte de juros altos no ano que vem foi praticamente extinto, após o governo eleito anunciar aumento do teto de gastos, como elevar o salário mínimo para R$ 1.320 a partir de janeiro e o Bolsa Família para R$ 600.

"Por mais que vejamos sinais de arrefecimento, o fator do aumento dos gastos públicos acaba se sobrepondo ao processo do ciclo desinflacionário.", afirmou.

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