Logo Folha de Pernambuco

BRASIL

Primeira denúncia contra ex-presidente da Caixa foi registrada após seis meses no cargo

Segundo o MPT, a Caixa registrou sete denúncias contra Guimarães ainda na presidência do banco

Presidente Jair Bolsonaro, junto ao então presidente da Caixa, Pedro GuimarãesPresidente Jair Bolsonaro, junto ao então presidente da Caixa, Pedro Guimarães - Foto: Reprodução/EBC

Leia também

• Desde a saída de Pedro Guimarães, Caixa recebeu 60 denúncias de assédio

• Empregados da Caixa fizeram denúncia ao MPT em 2020 contra Pedro Guimarães

• Caixa afasta mais dois executivos ligados a Pedro Guimarães

A primeira denúncia contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães foi registrada em 5 de julho de 2019, seis meses após o executivo ter assumido o comando do banco, segundo notificação do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Em setembro de 2019, a Caixa recebeu mais uma denúncia contra ele. Em novembro de 2020 foi apresentada outra. Em 2021, foram mais três e em maio de 2022 mais uma. Foram sete denúncias com ele à frente do banco sem adoção de providências por parte dos responsáveis.

Guimarães deixou o cargo em 29 de junho de 2022, após a divulgação de denúncias de assédio sexual a funcionárias. Nesse mesmo dia, a Caixa recebeu mais duas denúncias contra ele. Até 15 de julho, foram registradas mais cinco, somando ao todo 14 denúncias, de acordo com a notificação do MPT.

O documento do MPT não detalha se as denúncias são de caráter sexual ou moral. Contudo, a própria Caixa admitiu, logo após a divulgação das queixas, que abriu processo para apurar uma denúncia de assédio sexual contra Guimarães em maio.

 

Na notificação, o procurador do Trabalho, Paulo Neto, cobra esclarecimentos sobre o funcionamento do canal de denúncias do banco e sobre eventual registro a “viva voz”. O documento foi enviado à Caixa no início desta semana, quando o procurador transformou as investigações preliminares em inquérito civil, o que amplia o poder de investigação do MPT.

Ele determinou à Caixa o envio da cópia integral dos processos administrativos relativos às 14 denúncias, bem como providências adotadas. Os documentos serão anexados ao inquérito civil. Na quarta-feira, o procurador também decretou sigilo dos depoimentos de testemunhas, dos denunciados e documentos enviados pelas polícias e órgãos de fiscalização.

O objetivo é proteger as vítimas e evitar que a divulgação de dados do inquérito atrapalhem as investigações, diz o procurador no despacho.

Veja também

Governo bloqueia R$ 6 bilhões do Orçamento de 2024
Orçamento de 2024

Governo Federal bloqueia R$ 6 bilhões do Orçamento de 2024

Wall Street fecha em alta com Dow Jones atingindo novo recorde
Bolsa de Nova York

Wall Street fecha em alta com Dow Jones atingindo novo recorde

Newsletter