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Emprego

Programa Emergencial de Suporte a Emprego cresce em Pernambuco

Após frustração inicial com o represamento do crédito, os empregos cobertos pelo programa saltaram de 10 para 40 mil

Carteira de TrabalhoCarteira de Trabalho - Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

O Programa Emergencial de Suporte a Emprego (PESE), responsável pelo financiamento de salários durante a pandemia, tem mostrado números crescentes em Pernambuco. Após frustração inicial com o represamento do crédito na rede bancária, até o final de junho, aproximadamente 2.300 empresas aderiram ao programa, garantindo a manutenção de 46.911 empregos.  O valor total financiado até o período foi de R$97.797 milhões, em que a grande maioria dos empregos possuem rendimento de 1 a 1,5 salários mínimos. O levantamento foi realizado pela CNC (Conferação Nacional do Comércio) a partir de informações divulgadas pelo Banco Central. 

Em Pernambuco, os empregos cobertos pelo programa pularam de 10 mil para mais de 40 mil. “Os números revelam o sucesso do programa e que o setor produtivo vem aprovando a medida. Para os empresários, significa condições favoráveis para financiamento da folha de pessoal e ferramenta para alavancar o caixa”, avalia o economista da Fecomércio-PE (Federação do Comércio de Pernambuco) Rafael Ramos. 

De acordo com o levantamento, a irrigação de recursos por meio do programa foi devido a fatores como a necessidade de financiamento da folha de pagamento, ao entendimento do sistema financeiro de a medida ser um bom negócio e a mobilização da sociedade diante das autoridades para destravar o crédito.

No Brasil, em maio, de acordo com os dados do PESE, de um volume total de R$ 40 bilhões, apenas R$1,44 bilhão (3,6%) havia sido liberado. No mesmo mês, cerca de 61.678 empresas foram beneficiadas e pouco mais de um milhão de empregados tiveram seus salários financiados. 

Comparando os últimos registros com o mês de maio, o quadro mudou. O levantamento mostrou que os valores financiados chegaram a R$4,1 bilhões, um aumento de 184,7% em relação ao mês de maio, representando um total de 10,3% do volume total aportado pelos bancos e o Governo Federal. O número de funcionários impactados chegou a 1,83 milhão, um aumento de 82,8%, e 107.461 empresas, um aumento de 74,2% em relação ao mês de maio.

As atividades relacionadas ao setor de serviços foram as mais beneficiadas, sendo financiados mais de 477.183 funcionários no Brasil. Seguido do setor da construção, madeira e imóveis (279.457), e da saúde, saneamento e educação (274.413). O comércio varejista ocupa a oitava posição, com 54.912 empregos financiados. 

Com prazo para terminar previsto para o início de junho, o Congresso Nacional estendeu o PESE até o início de agosto. O programa atende apenas pequenas e médias empresas, que tenha o rendimento do exercício em 2019 entre R$360 mil e R$10 milhões. A linha de crédito destina-se, exclusivamente, ao pagamento de toda a folha de pagamento por dois meses, sendo limitada ao valor equivalente e até duas vezes o valor do salário mínimo por funcionário.

Com 6 meses de carência e 36 meses para pagamento, o custo do PESE é de 3,75% ao ano, equivalente a 0,31% mensal. Contra uma inflação esperada pelo mercado financeiro de até 1,5% até o final do ano, a taxa anual real do PESE equivale a cerca de 2,22%.

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