Programas de aceleração como aliados das startups
Durante o desenvolvimento de uma startup, existem desafios que vão da validação da ideia e estabelecimento do modelo de negócio, até a apresentação da solução ao mercado. Para ajudar esses empreendedores, existem os programas de aceleração de startups, que são processos estruturados que oferecem capacitação e conexão aos seus participantes. Um desses programas é o BID ao Cubo Norte e Nordeste, programa desenvolvido pelo Cubo Itaú, hub de fomento ao empreendedorismo tecnológico, e o BID Lab, Laboratório de Inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O representante do BID no Brasil, Morgan Doyle, conta que o grande interesse do programa é de incentivar os desdobramentos das inovações tecnológicas para a sociedade. “Temos interesse em desenvolver esse ecossistema, o ato de conectar pessoas com ideias, isso impulsiona e deixa soluções boas. O Brasil tem um sistema de inovação robusto, o mais desenvolvido da América Latina, isso é um potencial de aceleração de oportunidade, geração de emprego, a gente acredita que tem uma ferramenta para fazer mais”, declarou.
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Morgan conta que o ecossistema do Estado pode contribuir com a apresentação de ideias inovadoras, e a expectativa para esta edição do programa é de receber empresas representadas por pessoas em situação de vulnerabilidade. “Tem uma série de startups de qualidade, um ecossistema com trajetória de sucesso, ideias, histórias que querem apoiar. O ecossistema pernambucano é relevante, tem uma característica boa de ser integrado, está entre os principais do País. Estamos promovendo diversidade, é um eixo central, queremos ir além, para ter startups fundadas por mulheres, indígenas, negros, LGBTQIA+., em vulnerabilidade, para atender de forma especial esses grupos” disse.
Uma das empresas que já participou deste processo foi a startup pernambucana TI Saúde, que desenvolve soluções voltadas para a telemedicina. Segundo o CEO da empresa, Fred Rabelo, a participação permitiu o pensamento do projeto de internacionalização da marca.
“No BID ao Cubo, não tínhamos expectativa, mas tivemos uma experiência boa de mentoria, de investimento ao setor de recursos humanos. Estamos passando por um momento de internacionalização, o programa tem contatos na América Latina, foi positivo nas conexões, um acompanhamento muito de perto. Estamos com atuação em Honduras e no Panamá, o BID abriu canais em outros países também”, destacou.
O CEO conta ainda que a participação nesses programas permite um bom crescimento, independente do estágio da empresa. “Hoje temos 44 colaboradores, sede própria, e desde o início esse é um pilar. Recomendo para qualquer outra startup, independente do estágio. Um programa como esse deixa livre a possibilidade de identificar o problema, desde o estágio inicial pode tirar fruto, como no estágio de já ter produto e cliente, pode abrir para conexões”, aconselhou.
As inscrições para o BID ao Cubo Norte e Nordeste estão com as inscrições abertas, e podem ser feitas pelo site bidaocubo.cubo.network/norte-nordeste.