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Proibição de sexo extraconjugal pode afastar investidores da Indonésia, alerta EUA

Segundo o Ministério dos Direitos Humanos, denúncias de sexo pré e extraconjugal só poderão ser feitas pelo cônjuge, pai ou filho dos envolvidos

Ativistas realizam protesto contra o novo código penal da Indonésia, que proíbe o sexo fora do casamentoAtivistas realizam protesto contra o novo código penal da Indonésia, que proíbe o sexo fora do casamento - Foto: ADEK BERRY / AFP

Os Estados Unidos expressaram, nesta terça-feira (6), preocupação com a criminalização na Indonésia das relações sexuais extraconjugais, advertindo que tal medida pode afetar os investimentos no país, além de afetar direitos fundamentais. A expectativa da indústria do turismo local era de que ela voltasse aos números pré-pandêmicos de 6 milhões de visitantes internacionais apenas em 2025.

O embaixador americano na Indonésia expressou preocupação com o que a medida pode representar em termos de investimentos estrangeiros na indústria do turismo do país:

— Criminalizar as decisões pessoais dos indivíduos teria grande importância na matriz de decisão de muitas empresas que determinam se devem investir na Indonésia — disse o diplomata Sung Kim, segundo a agência Reuters.

A mesma preocupação foi ecoada na fala do porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, que ressaltou os possíveis impactos da medida no campo dos direitos humanos.

— Nos preocupa como estas mudanças poderiam afetar o exercício dos direitos humanos e das liberdades fundamentais na Indonésia. Também nos preocupa como a lei poderia afetar os cidadãos americanos que visitam e vivem na Indonésia, assim como o clima de investimento para as empresas americanas —, disse Price aos jornalistas, segundo a AFP.

A medida também incomodou os empresários nacionais do ramo. O chefe adjunto do conselho da indústria de turismo da Indonésia Maulana Yusran criticou a aprovação da nova lei, que classificou como "totalmente contra-produtiva".

— Lamentamos profundamente que o governo tenha fechado os olhos. Já manifestamos nossa preocupação ao ministério do turismo sobre o quanto essa lei é prejudicial — disse a Reuters.

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