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ANÁLISE

Queda de serviços em novembro ocorre após ápice da série em outubro de 2024, avalia IBGE

O recuo em novembro eliminou apenas parte do ganho de 2,3% acumulado nos dois meses anteriores de crescimentos

Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGERodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGE - Foto: Divulgação/IBGE

O recuo de 0,9% no volume de serviços prestados em novembro ate outubro foi um movimento de acomodação, após o setor ter subido a novo ápice histórico no mês anterior, avaliou Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Esse resultado ocorre após os serviços terem alcançado o ápice da sua série em outubro de 2024. Portanto, a base de comparação que a gente tem é extremamente elevada", frisou Lobo. "Esse resultado negativo é concentrado, apenas duas atividades tiveram taxas negativas", lembrou.

O setor de serviços operava em novembro em patamar 0,9% aquém do nível recorde alcançado em outubro de 2024, dentro da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços iniciada em 2011 pelo IBGE.

O recuo em novembro eliminou apenas parte do ganho de 2,3% acumulado nos dois meses anteriores de crescimentos, setembro (0,9%) e outubro (1,4%).

"O saldo é positivo desses últimos meses. O saldo desses três meses ainda é um crescimento de 1,4%, na comparação com agosto de 2024", apontou Lobo. "A gente não pode dizer que essa primeira informação negativa (em novembro) significa uma reversão de trajetória. O que a gente tem, na verdade, é uma base de comparação ainda elevada", disse.

Na passagem de outubro para novembro, houve perdas em transportes (-2,7%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%). Na direção oposta, houve avanços em informação e comunicação (1,0%), outros serviços (1,8%) e serviços prestados às famílias (1,7%).

Lobo pondera que tanto a queda de transportes quanto a de serviços profissionais e complementares devolveram apenas parte do ganho visto em ambas as atividades nos dois meses anteriores

"O saldo dos últimos três meses dessas duas atividades ainda é positivo, vale ressaltar essa informação", declarou o pesquisador.

Em transportes, o recuo em novembro sucede um ganho de 5,3% acumulado em setembro e outubro, o que gera um saldo positivo de 2,5% na atividade nos últimos três meses. Em serviços profissionais e complementares, a alta acumulada era de 3,5% em setembro e outubro, o que significa um saldo ainda positivo em 0,8% após a perda de novembro, calculou Lobo.

Em novembro, os destaques negativos foram as reduções nos ramos de transporte de cargas, transporte de passageiros, atividades jurídicas, serviços de engenharia e consultoria em gestão empresarial.
 

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