NEGÓCIOS

Quem é a brasileira que vai substituir mais jovem bilionária 'self-made' como CEO do app Bumble

Lidiane Jones estava no comando do Slack e quer focar em 'IA generativa'

Lidiane Jones, a brasileira que será a nova CEO do BumbleLidiane Jones, a brasileira que será a nova CEO do Bumble - Foto: Divulgação/Salesforce

Lidiane Jones, a executiva paulistana que comanda desde janeiro a ferramenta de comunicação corporativa Slack, será a nova CEO do Bumble. A fundadora do aplicativo de paquera em que apenas as mulheres podem tomar a iniciativa, Whitney Wolfe Herd, disse ao Wall Street Journal que deixará o comando da empresa em 2 de janeiro, permanecendo apenas como presidente executiva, como noticiou nesta segunda-feira o blog Capital.

Wolfe Herd disse que estava passando "o bastão para uma líder e uma mulher que respeito profundamente". Aos 34 anos, a empresária se tornou a mais jovem mulher a se tornar bilionária por esforço próprio ("self-made"), quando abriu o capital da Bumble, em fevereiro de 2021.

De acordo com o site da ferramenta Slack, Lidiane é, há mais de 20 anos, uma inovadora de negócios e produtos em diferentes marcas de tecnologia de negócio e consumo. Lidiane tem bacharelado em Ciência da Computação pela Universidade de Michigan, Ann Arbor. Além disso, ela destaca em seu perfil que "é mãe, uma leitora ávida e uma eterna aprendiz de tudo relacionado a tecnologia, economia, liderança e criação de políticas".

Lidiane já deu a vida a produtos nas áreas de "aprendizado de máquina, escalabilidade de negócios e produtividade". Antes de assumir o Slack, ela foi vice-presidente executiva e gerente-geral de experiências digitais do Salesforce (incluindo marketing e comércio na nuvem). Também já liderou a equipe de produtos de software da Sonos e trabalhou por quase 13 anos na Microsoft como líder em diversos produtos, incluindo Experiências Compartilhadas do Microsoft Office, Gerenciamento Empresarial e Azure Machine Learning.

‘Match’ em entrevista
Whitney, também co-fundadora do rival Tinder, criou o Bumble em 2014 com a ideia de proporcionar mais controle às mulheres no aplicativo de relacionamento. Nele, apenas elas podem iniciar as conversas com potenciais pretendentes.

A empresa abriu capital na Nasdaq em fevereiro de 2021, sendo avaliada em US$ 2,2 bilhões e transformando Whitney em bilionária instantânea. A companhia chegou a valer US$ 7,7 bilhões na estreia, mas agora tem uma capitalização de menos de US$ 2 bilhões.

A notícia de que Whitney estava deixando o cargo de CEO fez com que as ações caíssem 10% mais cedo, mas agora elas recuam cerca de 5%. (O maior acionista institucional do negócio é o fundo Blackstone, enquanto Whitney é a maior acionista individual).

Whitney disse ao WSJ que estava planejando deixar o cargo há alguns anos, e a brasileira Lidiane Jones chamou sua atenção durante uma entrevista recente à rede americana de TV CNBC. Ela chega ao Bumble após menos de um ano no Slack, que foi comprado pela Salesforce na qual Lidiane trabalhava. A executiva fez toda sua carreira e formação nos EUA, tendo cursado ciência da computação na Universidade de Michigan e passado quase 13 anos na Microsoft.

Momento difícil
Lidiane Jones assumirá o Bumble em um momento difícil para aplicativos de namoro. O Match Group, dono do Tinder, frustrou expectativas de investidores no terceiro trimestre e admitiu ter perdido usuários pagantes em seu principal app. As ações do próprio Bumble acumulam perda de 36% no ano.

Ao WSJ, a nova CEO disse que quer investir pesado em inteligência artificial:

"IA e IA generativa podem desempenhar um papel importante, tornando mais rápido o encontro com a pessoa certa. Podemos fazer mais quanto a isso".

A brasileira contou ao WSJ que ficará baseada em Cambridge, Massachusetts, embora a sede do Bumble seja em Austin, Texas.

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