Dinheiro

Real digital: bancos entram em cena para trabalhar no projeto-piloto da moeda digital

Banco Central quer concluir a fase de testes até dezembro deste ano

Banco Central e outros bancos vão trabalhar em conjunto na testagem de pontos como nível de segurança e escalabilidade da moeda digitalBanco Central e outros bancos vão trabalhar em conjunto na testagem de pontos como nível de segurança e escalabilidade da moeda digital - Foto: Pexels

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou nesta terça-feira um grupo de trabalho para contribuir com o Banco Central no desenvolvimento do projeto-piloto do Real Digital. Até o momento, representantes de 15 bancos brasileiros vão trabalhar com o BC na testagem de pontos como nível de segurança e escalabilidade da moeda digital.

A autarquia monetária quer concluir a fase de testes até dezembro deste ano. O projeto foi batizado de Piloto RD e a lógica é representar virtualmente a moeda brasileira por meio do ativo digital (tokenização) - garantindo as transações comerciais.

“A tokenização da economia pode significar uma mudança muito significativa para o sistema financeiro, porque o cliente sai de um mundo onde está acostumado a ter dinheiro numa conta corrente e passa a ter dinheiro em um token ou em uma representação digital. Será uma mega inovação para o sistema financeiro”, diz, em nota, Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban.

O especialista em fintechs e blockchain, Marcio Kogut, explica que os efeitos podem não ser “visíveis” no curto prazo, pois o dinheiro físico já é reapresentado com saldos em conta-corrente, por exemplo. Todavia, um dos resultados práticos apontados por Kogut é uma eventual redução de custos nas transações digitais:

"O real digital vem também como uma moeda para facilitar compras digitais: assinatura em serviços como streaming e games. Hoje, sendo feitas por cartão de crédito, há uma cadeira de intermediários que acaba onerando os custos para ambos os lados. Uma assinatura do Netflix, por exemplo, há um custo da bandeira do cartão, do banco emissor, do adquirente e subadquirente. Com o real digital não vai existir essa cadeia de intermediários", avalia.

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