Receita do governo federal acumula alta de 7,7% e ajuda a reduzir déficit
Déficit fiscal registrado em 2024 foi de R$ 12 bilhões
A receita líquida do governo federal acumulou uma alta de 7,7% no acumulado entre janeiro e novembro de 2024, chegando a R$ 139,8 bilhões. O aumento contribuiu para um alívio nas contas públicas e redução no déficit de R$ 12 bilhões registrado no ano passado, em meio ao crescimento das despesas do Executivo.
As informações constam no Resultado do Tesouro Nacional de novembro do ano passado, divulgado nesta quarta-feira. No período, as contas públicas registraram um déficit de R$ R$ 4,5 bilhões.
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Os dados fechados do ano ainda serão divulgados, mas o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan adiantou ao GLOBO que será um rombo de R$ 12 bilhões no acumulado de 2024.
O crescimento de 7,7% entre janeiro e novembro nas receitas do governo acontece na esteira de resultados recordes de arrecadação da Receita Federal registrados no ano passado.
Sem a alta, o rombo nas contas públicas poderia ser ainda maior, considerando que as despesas cresceram, mas em um ritmo menor do que as receitas, com uma subida de 4,4%, alcançando R$ 89,6 bilhões.
Segundo o Tesouro Nacional, o aumento das receitas foi impulsionado principalmente pelo incremento de R$ 60,4 bilhões na Cofins, impulsionado pela recomposição parcial da tributação sobre combustíveis e pelo desempenho positivo do setor financeiro.
Do lado das despesas, o pagamento de benefícios previdenciários, que teve um aumento de R$ 29 bilhões foi o maior responsável pela subida de gastos.
Confira as principais fontes de receitas responsáveis pela variação:
Imposto de Importação - aumento de R$ 18,4 bilhões
IPI - aumento de R$ 22 bilhões
Imposto sobre a Renda - aumento de R$ 56,3 bilhões
COFINS - aumento de R$ 60,4 bilhões
PIS/PASEP - aumento de R$ 15,2 bilhões
Arrecadação Líquida para o RGPS - aumento de R$ 20,3 bilhões
Demais Receitas - redução de R$ 22,2 bilhões