ECONOMIA

Recessão vai assombrar um terço do planeta em 2023, alerta FMI

Kristalina Georgieva ressalta que este ano será mais difícil que 2022, já que as economias dos EUA, União Europeia e China estão desacelerando simultaneamente

Diretora-gerente do FMI, Kristalina GeorgievaDiretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva - Foto: Daniel Leal / AFP

O ano de 2023 será ''mais difícil'' do que o que passou, com um terço da economia global em recessão, já que Estados Unidos, União Europeia e China verão suas economias desacelerarem. O alerta foi feito pela diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, durante entrevista transmitida domingo pelo programa “Face the Nation”, da rede da CBS.

"Esperamos que um terço da economia mundial esteja em recessão. Por quê? Porque as três grandes economias – EUA, UE, China – estão desacelerando simultaneamente", afirmou Georgieva.

Em outubro, o FMI já havia alertado que mais de um terço da economia global vai se contrair e que há 25% de chance de o PIB global crescer menos de 2% em 2023, o que define como uma recessão global.

Examinando as três maiores economias na entrevista à CBS, a chefe do FMI pintou um quadro misto de sua capacidade de resistir à crise. Segundo ela, embora “os EUA possam evitar a recessão”, a União Europeia foi “severamente atingida pela guerra na Ucrânia'' e, ao mesmo tempo, a China enfrenta um “ano difícil”, após abandonar sua política de Covid zero e abrir sua economia após uma onda de protestos antigovernamentais no país.

'Tendências negativas'

Dados publicados no sábado mostraram que a reversão abrupta da política de Covid Zero da China empurrou a atividade econômica em dezembro para o ritmo mais lento desde fevereiro de 2020, quando o vírus varreu as principais cidades e levou as pessoas a ficar em casa e as empresas a fechar.

Georgieva ressaltou que a desaceleração nas maiores economias “se traduz em tendências negativas globalmente – quando olhamos para os mercados emergentes nas economias em desenvolvimento, o quadro é ainda pior”.

Os números do índice de gerentes de compras para manufatura publicados nesta segunda-feira mostraram leituras negativas em toda a Europa, Turquia e Coreia do Sul. Os dados publicados na terça-feira devem revelar números igualmente terríveis para a Malásia, Taiwan, Vietnã, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos.

Ainda assim, acrescenta, as perspectivas para a maior economia do mundo podem oferecer alívio.

- Se essa resiliência do mercado de trabalho nos EUA se mantiver, os EUA ajudarão o mundo a passar por um ano muito difícil - acrescentou a diretora-gerente do FMI.

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