Pernambuco

Recife agora tem banco suíço para atender a clientes de alta renda

Julius Baer está em expansão no Nordeste, Norte e Centro-Oeste

Fernando Vallada, CEO do Julius Baer Family Office // Foto: Arthur MotaFernando Vallada, CEO do Julius Baer Family Office // Foto: Arthur Mota - Foto:

Com atuação conhecida nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, todos localizados no Sudeste do Brasil, o grupo suíço Julius Baer chegou ao Estado de Pernambuco com a perícia de administrar fortunas. O banco privado se dedica em atender a clientes e a famílias de alta renda dos diversos setores da economia, como agropecuária, comércio e indústria, incluindo aqueles que atuam na produção de novas tecnologias no Porto Digital do Recife.

O Brasil está elencado como prioridade do grupo JB. Além do Nordeste, o grupo também está se expandindo para o Norte e o Centro Oeste com o objetivo de estabelecer mais proximidade com os clientes.

“Com o Brasil sendo elencado como uma das prioridades do Grupo JB, temos que estabelecer presença nos principais centros de negócios do País. Estamos desejosos de participar do forte crescimento econômico que o Nordeste vem passando, ao longo dos últimos anos, apoiado por setores tradicionais, como o sucroalcooleiro e a agropecuária, além de serviços e indústria, incluindo novas tecnologias, como o Porto Digital em Recife”, disse Fernando Vallada, CEO do Julius Baer Family Office. 

Indagado sobre qual é o conceito de Family Office (escritório familiar), Vallada respondeu que a ideia surgiu há duas décadas no Brasil para ajudar as famílias na gestão de sua liquidez financeira, seus investimentos, bem como no planejamento patrimonial, incluindo sucessão, doação, filantropia. “Sentamos no mesmo lado do cliente na mesa, buscando os investimentos que melhor se adequem aos seus objetivos e características. Não vendemos nada para os nossos clientes, nós compramos produtos para eles e temos um alinhamento total no que se refere a nossa remuneração”.

Segundo Vallada, o Julius Baer é um grupo que gere fortunas há 130 anos, com chegada ao Brasil em 2011. “A operação local vem se expandindo com sucesso e muito boas expectativas. O anúncio recente de que o Brasil é uma das nove regiões prioritárias do Grupo no mundo não causou uma mudança nos nossos planos, mas sem dúvida ajudou a acelerar os investimentos”, acrescentou.

O grupo suíço já iniciou a contratação de profissionais do Nordeste, como Andrea Soares, nova diretora regional do Norte e Nordeste. Ela se juntou ao Julius Baer em fevereiro passado, tendo como base o Recife. Entre os desafios, o Julius Baer  cuida exclusivamente da gestão de fortunas nos países onde atua, 26 no total. “Não operamos no varejo bancário, não atuamos como banco de investimento. Diferentemente de muitos bancos globais, private wealth management (gestão de riqueza privada) não é uma das unidades de negócios, é o negócio em si. Nosso modelo é muito centrado no indivíduo, na família, com um serviço absolutamente customizado de consultoria em investimentos e planejamento patrimonial familiar.

A chegada da Andrea vai nos permitir ampliar nossa base de clientes respeitando as características locais. Outra importante responsabilidade dela neste primeiro momento será, justamente, difundir o conceito de Multi Family Office nessas regiões, onde ele ainda é pouco conhecido”, destacou.

O grupo Julius, no conceito de Family Office, é o maior do País, segundo Fernando Vallada. “Apesar de o cenário macroeconômico no Brasil ser desafiador, o microeconômico é extremamente atraente. E, exatamente por isso, nosso papel se torna mais relevante”, observou o CEO.

O CEO mencionou, ainda, as perspectivas para o ano de 2023, considerando a mudança de governo. “Nosso papel é ajudar nossos clientes na administração de seus recursos visando o longo prazo. A mudança de governos e suas políticas econômicas representam mais um dos fatores que precisam ser considerados no planejamento patrimonial”.

Fernando Vallada pontuou que a diversificação nos negócios é importante para se proteger contra riscos. “Aquele velho ditado sobre não deixar todos os ovos numa mesma cesta se aplica perfeitamente aos investimentos. Investidores globais precisam de mais aconselhamento, análise e informação porque lidam com riscos geopolíticos, riscos de mercado, moeda, que precisam ser considerados para a manutenção desses recursos no longo prazo. Nesse sentido, é importante pensar em diversificação não apenas de classe de ativos, mas também de moedas e geografia”.

 

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