Inflação em 2021 no Recife e Região Metropolitana é quase o dobro do índice de 2020
No mês de dezembro, a RMR atingiu a alta de 1,05% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), superando o percentual do Brasil
O Recife e Região Metropolitana (RMR) registraram inflação de 10,42% no acumulado de 2021, quase o dobro do percentual de 2020, quando a inflação fechou o ano em 5,66%. Os números foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No mês de dezembro, a RMR atingiu a alta de 1,05% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), superando o percentual do Brasil, que ficou em 0,73% no mesmo mês.
No acumulado de todo o ano de 2021, a inflação da Região Metropolitana do Recife ocupa a oitava posição na lista das capitais e regiões metropolitanas pesquisadas, com percentual superior ao nacional, que foi de 10,06%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, todos tiveram alta em dezembro de 2021 na RMR. O maior avanço ficou, pela primeira vez no ano, com o segmento de vestuário (3,09%), seguido pelos artigos de residência (2,6%), saúde e cuidados pessoais (1,52%) e despesas pessoais (1%).
Grupos que pressionaram a inflação em outros meses tiveram altas inferiores a 1% em dezembro. Foi o caso da habitação (0,95%), comunicação (0,83%), transportes (0,67%), alimentação e bebidas (0,65%) e educação (0,2%).
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Já no acumulado do ano, os transportes dispararam, com alta de 21,86% entre janeiro e dezembro de 2021, impulsionada pelos seguidos reajustes no preço dos combustíveis.
A habitação, pressionada pelo gás de cozinha e pela bandeira vermelha na energia elétrica residencial, ficou em segundo lugar, com 13,18%. Os artigos de residência (11,28%) estão na terceira posição do ranking.
A lista fica completa com alimentação e bebidas (9,22%), vestuário (8,86%), despesas pessoais (5,8%), saúde e cuidados pessoais (3,82%), educação (3,57%) e comunicação (2,23%).
O produto ou serviço que teve aumento mais expressivo no IPCA da Região Metropolitana do Recife em dezembro de 2021 foi a cebola (36,42%), seguido pelo óleo diesel (15,08%).
Na sequência, estão duas frutas - laranja-pera (13,2%) e mamão (9,2%) -, junto com perfumes (8,61%), maçã (8,43%), seguro voluntário de veículo (8,08%), café moído (7,84%) e transporte por aplicativo (7,46%). Os brinquedos registraram avanço de 6,43% e completam a lista de dez itens com maior alta.
No acumulado de todo o ano de 2021, o produto com maior reajuste de preço no Grande Recife foi o café moído (58,02%).
Em seguida, estão o óleo diesel (49,91%), etanol (49,04%) e a gasolina (46,09%). Os combustíveis, em geral, tiveram uma forte alta ao longo dos últimos 12 meses, de 46,29%.
O açúcar cristal (34,49%), a macaxeira (34,25%), a margarina (34,09%) e o fubá de milho (33,74%) também tiveram aumento considerável.
O gás de botijão ocupa a décima posição no ranking, com aumento de 31,18% de janeiro a dezembro de 2021.