Reforma Administrativa: governo terá sistema para população avaliar serviço público, diz ministra
Redução de gastos no funcionalismo já foi percebida em 2023, segundo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Público
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, defendeu nesta segunda-feira (5) que a Reforma Administrativa encabeçada pela pasta já está em andamento desde o início do governo Lula, com um pacote de medidas.
Dentre elas, está o lançamento de um sistema de avaliação de desempenho dos serviços públicos, que poderá ser acessado também pela população. Esse sistema será lançado após o primeiro semestre deste ano, mas a ministra não deu datas e nem maiores detalhes.
— Queremos um espaço de avaliação pela população. Claro, o servidor que presta serviço pode ser avaliado. Mas a ideia (no momento) é uma avaliação da prestação de serviço daquele ministério e daquela área — disse Esther Dweck, em conversa com jornalistas.
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Outro eixo dessa reforma no funcionalismo em curso é a chamada "transformação digital". Em 2023, a pasta diz que economizou R$ 1,4 bilhão com integração das bases de dados do governo federal em 2023.
A economia para os cofres públicos foi conseguida com o cruzamento de bases de dados de diferentes órgãos para a checagem da concessão de benefícios, por exemplo, reduzindo as fraudes.
Ainda no âmbito da digitalização, no longo prazo, o MGI observa que a automação de processos poderá substituir atividades que hoje são rotineiras e com previsibilidade da execução. Hoje, o trabalho de um datilógrafo no IBGE já foi automatizado, por exemplo.
Como O Globo mostrou em janeiro, o governo discute um modelo próprio de Reforma Administrativa. A ideia é evitar que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), leve adiante o modelo proposto durante o governo Jair Bolsonaro em 2020.
A proposta defendida por Lira reduz a estabilidade de servidores, entre outros pontos dos quais o governo atual discorda. Líderes do Congresso veem com ceticismo o andamento da pauta em razão das eleições municipais e da falta de empenho da União.
Para enfrentar esse debate, o governo se prepara para defender uma tese contra uma reforma voltada exclusivamente para o enxugamento da máquina pública.